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A mostrar mensagens de 2017

off line

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vou parar um pouco ; para além do cansaço próprio de um quase fim de ano letivo, preciso de tempo para a minha pessoa , preciso de me concentrar naquilo que prezo e considero prioritário; é um desligar, não sei se demorado nem se não, a ver vamos (diz o cego da minha terra) ;

mudar

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na passada sexta feira, ao se concluir a ação de formação na minha escola alguém levantou a questão sobre a circunstância de termos uma escola do século XIX professores do século XX alunos do século XXI o que fazer para (re)equilibrar a coisa? estarei quase certo que ninguém quer regressar nem ao século XIX nem ao século XX; a opção será mesmo de afirmar o século XXI , digo eu, pois claro; mas muitos quererão o rigor da disciplina, a organização funcional do século XIX; outros irão apelar ao retorno dos gloriosos 30 (o período do pós guerra marcado por um claro desenvolvimento europeu) de modo que o emprego seja uma consequência do estudar; outros irão oscilar, hesitar entre modernices e tradição; estabilidade e inovação; ficar ou partir; a coisa que se coloca passa como mudar? como (re)equilibrar estas diferentes lógicas? ninguém muda porque dizem para mudar; ninguém muda por decreto; ninguém muda sozinho; ninguém muda sem se saber para o que se muda;

conversa

na passada sexta feira, terminou a formação que tive o privilégio de organizar, a pedido e por indicação da minha diretora; por circunstâncias que não vêm ao caso tive de ir buscar e levar um dos conferencistas do último dia, o Prof. António Teodoro, um dos fundadores do movimento sindical docente; um privilégio enorme não apenas ter conhecido pessoalmente quem conheço desde que comecei nas coisas da escola e da educação mas, essencialmente, um privilégio em ter privado e trocado ideias durante duas viagens; das conversas retiro duas notas a importância, a determinância de trocarmos conversa olhos nos olhos, sem elementos de mediação, sejam eles virtuais ou o raio; o essencial baseia.se numa conversa tu cá tu lá, onde trocamos ideias, argumentos, estórias e afetos; a conversa torna-se essencial, determinante para percebermos o que somos; tal como o povo tuga costuma dizer, as conversas são como as cerejas, vêm uma atrás da outra e só olhos nos olhos, num frente a frente iss

ousar e experimentar

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por vezes posso dar a parecer que sou diferente dos outros; não sou; sou apenas mais um que gosta de escrever e dar conta do que escreve; coisa diferente do que me julgar diferente; sexta feira uma nota que adorei fomos jantar ao restaurante chinês onde vamos há c’anos; a proprietária, que nos conhece desde sempre, algo irritada pelas dúvidas e hesitações das nossas escolhas, sentiu-se à-vontade para se imiscuir e nos dizer e corrigir,  que vamos ali para comer, não para degostar; nunca arriscamos, é sempre o mesmo e é mesmo;  não arriscamos, não ousamos, não experimentamos;  e a vida é mesmo assim,  repetimos, persistimos e insistimos no mesmo;  é difícil, senão mesmo arriscado, sair da nossa zona de conforto;  por muito que até possamos perceber que ficamos a perder, que tenhamos consciência que podia ser diferente;  mas não arriscamos, persistimos e insistimos;  repetimos os mesmos rituais, insistimos no mesmo quotidiano como se, pe

o que se passa

já tinha escrito que o difícil neste período passaria por chegar ao fim; muitos já desistiram; outros percebem que já está; outros ainda que entre esforço e deixa andar a diferença será curta; já deixei de pensar que sou eu que estou a ser mau professor, por não conseguir envolver, implicar e interessar os alunos; ficou para trás o pensar que pode ser o facto de se estranhar uma metodologia de trabalho; há muito que percebi que não é apenas comigo, não sou só eu a sentir o que sinto enquanto profissional; há mais; há muitos que ou o dizem quando questionados, ou o pensam de mansinho; já deu para perceber que na escola básica que frequento há poucas turmas (ou nenhuma) direi, regular, normal, do 5º ao 9º cada uma é pior que a outra; desinteresse, alheamento, indiferença, apatia, falta de autonomia, displicência absoluta; um le se faire le se passer irritante, constrangedor para quem trabalha; já tive alunos complicados, já tive turmas complexas, agora estou numa escola

regras

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estava parado no corredor em conversa com grupo de alunos; entretanto uma aluna atende o telefone e percebo que é conversa com o pai; fiquei pra morrer; a forma como falou (?) com o pai deu para perceber a minha dificuldade em fazer com que perceba a diferença entre o que é estar em sala de aula e na sala de convívio, em falar com um adulto e em falar com colegas; percebi que é quase impossível mostrar a uma recém adolescente que há regras e há modos de se falar, e que não podemos tratar, quem quer que seja, a pontapé, ao grito, pela desconsideração, com falta de respeito; boa conversa né... afinal eu é que sou o cota

da obesidade

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não posso deixar de referir e ir atrás, daquele que é o tema de hoje, a obesidade infantil (e adolescente e adulta); não estou obeso, mas se perdesse uns kilitos haveria muito a ganhar, mas tá difícil; de acordo com o que se vincula cá por casa, não há obesos por gosto, porque o querem ser; quem é obeso é porque, sem querer, faz por isso; e é ver as escolas, reparar nos miúdos em tempos de recreio para perceber o problema; a vida quotidiana proporciona a isso, é verdade, mas nada fazemos para contrariar isso; apesar dos impostos nos produtos açucarados, na obrigatoriedade da educação física até ao 12º, apesar das caminhadas que por todo o país se vêem, o certo é que estamos gordos; o certo é que estamos a criar gordos...

coisas de um microclima

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aula de oferta complementar trocávamos ideias sobre o hoje e o amanhã, numa lógica de tentar passar a ideia que há um amanhã e que podemos e devemos trabalhar para ele e na universidade, o que pensas fazer quase sem hesitar, de forma algo espontânea, responde com uma outra pergunta, universidade? perder tempo para quê? perder tempo? pois, o que é lá vou fazer se posso começar a trabalhar mais cedo e não perder tempo; perder tempo?

opções

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conversa simples com uma outra professora, ela como eu, deslocada por aproximação; quais as probabilidades de ficar para o próximo ano? zero, nenhumas, nicles, responde de forma pronta, porquê essa determinação tão certa por esta altura? porque não concorri, descobri que há coisas piores do que estar longe de casa; prefiro estar longe do que ter o horário que tenho que certamente será o mesmo ou muito parecido!!! ah, fiz eu.. só para esclarecer, a professora, tem duas turmas de 7º, uma de 8º (intragável pelo desinteresse), um décimo profissional, um grupo pief e aulas à noite; um dos dias tem aulas de manhã e à noite.. percebi perfeitamente

de volta ao passado

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o ataque informático do qual muitos foram vítimas (apesar de não conhecer ninguém afetado, apenas a esposa, saúde, ficou condicionada no acesso ao seu e-mail profissional) mostra a vulnerabilidade dos tempos e das organizações ; antes, por falta de luz ou simplesmente por falta de zelo, lá se ia a informação; hoje vale dinheiro, ainda que pouco, mas provoca grandes dores de cabeça; na escolinha, desde o início do ano, que a informática tem estragado estratégias, planos de aulas e dado muita dor de cabeça a muito boa gente; mesmo a gente que pouco utiliza a informática mas somos todos obrigados ao livro de ponto de tal forma cansados da informática que, na semana passada, havia quem pedisse o regresso do livro de ponto ... e dizem que a moenga é para continuar...

da economia

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e da escola; este é um blogue sobre a escola e sobre a sala de aula ; mas, na escola e na sala de aula, também entra a vida  como ela é e o que dela faz parte; as notícias de hoje , ao darem conta da significativa taxa de crescimento portuguesa no 1º trimestre, mostram que há sempre alternativas - por muito que digam que não; há sempre mais que uma forma de esfolar coelhos, dar conta do recado, cumprir promessas; também na escola e em sala de aula, há sempre uma outra forma, um outro modo de atingir resultados;

flexibilidade, para que vos quero

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a questão da flexibilidade não pode, nem deve, funcionar por si; coisa óbvia, mas, por aquilo que oiço e leio, não é parece assim tão clara; a flexibilidade (curricular, organizacional, escolar, pedagógica, profissional, ou o que se entenda) deve funcionar como capacidade de adaptação de respostas (soluções) a problemas; passar da rigidez industrial e organizacional que carateriza a escola desde o início do século XX, para além das sempre saudáveis ilhas de diferenciação, para uma rigidez assente em pretensa flexibilidade mais vale estar quieto; a flexibilidade, como tudo, deve responder a problemas e, para além disso, deve ser encarada como estratégia de um trabalho; a questão é que muitos não fazem a mínima ideia de como utilizar a flexibilidade; além do mais implica alterações a rotinas do quotidiano, coisa que em muitas escolas preferem estar mal do que experimentar alternativas;

desligado

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por opção e talvez vocação, já que estamos próximos do 13 de maio, desligo-me do facebook e ligo-me, cada vez mais aos livros e há livros que me deixam ... assim, a modos que...

crise? que crise?

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estive por fora, a ouvir coisas ; retiro duas notas, nada simpáticas; o Prof. Licínio Lima chuta, na sua conferência, que as ciências da educação se encontram em crise; estranhei, franzi o sobrolho; questionei-me se esta crise é aquela crise da escola que vem de há muito; no final do simpósio e a considerar o que vi e o que ouvi, dou-lhe razão; direi que há ou que se faz sentir uma crise temática, conceptual; temas chouchos, frouchos, quase todos a atirar para trás, para o passado, desconexos de um presente e menos ainda dos futuros; temas e comunicações de conformidade, sem risco e mais pobres ainda de criatividade, sem ousadia... a merecer uma revisitação mais aprofundada, mas direi que o problema das chamadas ou ditas ciências da educação são problemas de desligamento entre problemas e soluções, entre análise e prospetiva, entre o que tivemos e o que que temos e o que queremos; isto é, todas as ciências que deixam de articular problemas e soluções, análise e

elogios

ao fim de quase dois anos ouvi hoje os primeiros elogios ao trabalho de projeto; foi preciso todo este tempo para que a tradicional desconfiança alentejana fosse ligeiramente penetrada pela dúvida? vale sempre a pena

mais do mesmo

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continuo a defender a necessidade de flexibilidade na escola, na organização educativa, no trabalho dos professores; todos, defendem o mesmo, que a coisa está gasta, que estamos cansados do mesmo; e, se assim é, porquê insistir? daria várias (e diferentes) respostas; fico apenas a pensar que quando um tipo não sabe até os ditos cujos incomodam

experiência

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mediante curiosidade, desafio e algum risco experimenta-se a metodologia de trabalho por projeto ma turma (8º ano), três disciplinas (história, ciências naturais e geografia), um objetivo e uma questão em comum - da revolução agrícola aos tempos do digital, qual o espaço para o interior do país? organizou-se o processo, definiram-se as metodologias e o calendário, identificaram-se conteúdos e conceitos; articularam-se critérios de organização, avaliação e orientação ao aluno; os alunos sentem as dificuldades de fazer a mesma coisa em três disciplinas de encontrar uma resposta que não está no Dr. Google (nem nos manuais); os professores o receio de não cumprirem o programa; de darem respostas quando o que se preternde são perguntas; uns e outros de se entenderem na dinâmica; amanhã termina a primeira semana de trabalho, há mais dúvidas que certezas, nota-se mais a ansiedade que a conformidade; há quem descubra, se insinue que podemos fazer diferente e não devia ser

flexibilidade

há muito que defendo que um dos problemas do sistema educativo passa pela sua rigidez; já lá vai o tempo, se é que houve alguma vez esse tempo, de ensinar a muitos como se de um só se tratasse; do pronto a vestir escolar e pedagógico, com medida certa, preceito definido e bainha à altura; de há uns anos a esta parte esse receituário não pega e, em muitas escolas, os professores, a gestão, sozinhos ou em parcerias, criam-se e recriam-se alternativas; algumas já contempladas, desde os percursos curriculares alternativos, aos cursos de educação e formação, aos profissionais disto e daquilo, a leitura particulares da turma + ou a projetos disto e daquilo a diversidade é mais que muita num país que se julga centralista e homogéneo, há muita coisa criatividade e diversidade e por muito lado, com maior ou menor legitimidade, com mais ou menos conformidade, com mais ou menos conhecimento do parceiro os professores fazem uma gestão criativa do currículo, dos programas; fazem reinter

comportamentos e família

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na passada 4ª feira mais uma sessão de um curso de formação que decorre na escola;  um eixo local onde, entre outros apontamentos, se falou de comportamentos e família com pessoas que sabem do que falam; sem grande resumo dois apontamentos que gostei; o reconhecimento que na área dos comportamentos e da indisciplina em estudo realizado, praticamente 99% dos professores dizem que a culpa/responsabilidade é dos outros, não se incluem no lote de factores propiciadores de indisciplina; que os jovens saídos da universidade se apresentam na redação do jornal como se fossem de férias, confundindo o tempo de trabalho com o tempo de lazer; entre um e outro dos apontamentos a grande questão; se a escola de distancia de responsabilidades e quer é ensinar, para cumprir programas e fazer exames, se a família se desresponsabiliza das regras sociais, nivelando responsabilidades e comportamentos (como se fossemos todos iguais), quem resta para educar?

do parecer

é que nem parece que estive em pausa pedagógica há coisa de uma semana atrás; pouca, ou nenhuma vontade de me levantar da cama, cansaço, falta de entusiasmo; só gosto porque também tenho pouco apetite; boa oportunidade de perder um pouco :)

abril

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na sequência da entrada anterior, mais um apontamento, cujo texto completo está aqui ; a escola e abril A escola teve um papel fundamental na cristalização de ideias e modelos, na naturalização de situações [inerentes à ideologia do Estado Novo]. e mantém muito de uma aparente contradição esquizóide; O trabalho escolar ora é visto na fronteira do lúdico, ora como desiderato de exigência e rigor. Ora é considerado como elemento de mobilidade social, ora castigo pessoal por via da falta de empenho e/ou de vontade. Ora nos carregam com objetivos, metas, competências ou indicadores, típicos de lógicas neoliberais, ora apelam à consciência de um perfil humanista ( p. 6 ). Ora nos orgulhamos dos resultados alcançados, do percurso feito, ora nos sentimos constrangidos pela persistência de um analfabetismo que, apesar de estarmos no século XXI, ultrapassava, em 2011, os 5% . Ora a escola é vista como local de exercício de autonomias, com profissionais reflexivos e empreendedor

contradições esquizoides

o texto completo está aqui , por aqui duas notas sobre o 25 de abril primeira, sobre a referência que O país (...) tinha produzido uma pequena e idiossincrática utopia de contenção e moderação, de costumes cinzentos e brandos, de honradez na pobreza em cenários pacatos de ruralidade numa tensão representativa contraditória, para não dizer esquizóide. Por um lado, os portugueses eram passivamente transparentes, invisíveis nas paisagens líricas de aldeias de xisto, granito, ou cal, satisfeitos na sua contida pobreza, comedidos, sem ímpetos de melhoramento e auto-superação, murmurando fados, tangendo guitarras em tom menor, não se envolvendo em rixas, (...).  Por outro lado, eram os grandes heróis do mundo, os pioneiros, os mais fortes, os mais humanistas, os mais compreensivos, os mais interactivos, em suma, os primeiros e os melhores.  in Bastos, C. 2017. Utopias, portais e antropologias urbanas: Gilberto Velho em Lisboa. In. Análise Social, 222, LII (1.º), pp. 162-174

sushi alentejano

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tábém, pronto cliquem para apreciar

não sou o único

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com o tempo (e as moengas) aprendo ; devagar , que sou alentejano, mas aprendo; aprendo que nunca pensei sozinho - o que fosse (não tenho essa capacidade); mas, muitas vezes, era o único que dizia o que pensava, quando a maior parte se calava - para não ferir susceptibilidades, para não criar tensão, para não parecer menos bem; desta feita e no primeiro dia de aulas, percebo que não sou o único a pensar o que penso sobre a amálgama de projetos ; há mais a pensar como eu, a trocar ideias; mas só entre dois dedos de conversa e um café, não vá dar-se o caso... mas que caso, porra?

nem de propósito

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falei (escrevi) sobre desafios e vá de deparar com eles hoje de manhã; logo a começar, turma tão complicada quanto complexa - no desinteresse, no desajustamento entre interesses (ou lógicas) escolares e as outras, pessoal que olha para a escola como puro lazer de socialização e raramente como empenho ou abnegação, nunca como espaço de trabalho; metade da turma teve mais de 5 níveis dois, inclusivamente muitos tiveram mais agora, no 2º período, que no 1º; desistiram, baixaram os braços, atiraram a toalha ao chão; dizem que já comunicaram em casa que irão ficar no mesmo ano; já identificaram formas de racionalização do insucesso - não vale a pena passar sem saber nada; que é preferível ter mais preparação para melhor enfrentar os exames no final do ciclo; que o ano foi complicado; mas teremos ainda dois meses pela frente e, palpita-me, que alguma confusão; como envolver gente que não quer ser envolvida? como implicar alunos no seu trabalho se não quer qualquer tipo de impl

projetos

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ou amálgamas de ações a que chamam projeto durante a pausa de páscoa tive oportunidade de receber, oriunda da minha escolinha, informações sobre o  programa Operacional Regional medida 10.1 de Combate ao insucesso escolar   tem como objetivo  o “estabelecimento de condições de igualdade no acesso à educação infantil, primária e secundária, incluindo percursos de aprendizagem formais e não formais” tratam-se de medidas do programa operacional regional 2020, gerido pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional aos quais municípios e comunidades intermunicipais se candidatam e cujos alvo serão escolas (alunos e professores);  ora cá fica um bom exemplo de conversas que uns terão e a outros passará ao lado, sobre o papel das escolas (entenda-se de professores) nas estratégias de municipalização da educação ;  é que é uma assumida municipalização da educação sem lhe chamar isso;  e o que queremos nós? pela participação poderemos ter papel ou assumir a su

juntos

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já agora e depois de imaginação e criatividade, acrescentar que há muitos professores por aí que, a seu modo e no seu ritmo, acrescentam uma pitada de cada - imaginação, criatividade er, inclusivamente, alguma ousadia; contudo, considero que a questão não se deve colocar em termos individuais, isolados, fechado e circunscrito à sala de aula; precisamos de repensar o trabalho docente à luz do perfil do aluno para o século XXI; precisamos de imaginação e criatividade integradas em equipa; só a equipa permite coerência e consistência de resultados; só a equipa permite aligeirar o trabalho individual e fazer render o coletivo;

sobre o conhecimento

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ou sobre a ciência; apenas pretendo destacar que a ciência, o conhecimento serve tudo a todos, consoante o gosto; o título do i é ilustrativo e recorda uma outra situação, aquando do aeroporto da Ota onde os estudos diziam tudo e o seu contrário; se assim é, não se confundam situações, à ciência o que é da ciência, à decisão o que é da política (as decisões, pois claro);

da imaginação

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tenho conhecido professores dedicados; empenhados; esforçados; conheço  professores que arrastam os alunos consigo, fazem com que o aluno saiba, conheça; são professores importantes; mas faltam professores que sejam criativos, imaginativos professores que rompam o quotidiano, façam avançar e descobrir, incentivem a curiosidade, o questionamento, a crítica; a escola precisa, hoje mais que nunca, de imaginação, de criatividade, de ousadia para fazer diferente, para ser diferente; porque é preciso fazer diferente;

aprender

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e em pausa, tenho tempo ou, melhor dito, disponibilidade, para escrever sobre coisas que gosto; preparo resumo/proposta de comunicação - chamo-lhe "autobiografia do insucesso"; afinal, passa por Aprender no Alentejo ; este ano não tenho hipóteses de ir a mais lados, fico-me por perto, por casa não é mau de todo;

balanço

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o balanço do período foi algo assim a modos que... por um lado, menos bom; as médias das turmas desceram, como atribuí níveis dois como há muito não me acontecia; por outro lado, foi menos maus; as descidas aconteceram em todas as disciplinas, enquanto profes ficámos assim sem saber, nem perceber o que se passa; podia ser numa ou noutra disciplina, antipatias, falta de simpatias, gosto ou falta dele; mas não, cruza disciplinas, áreas e remete para a indiferença, para uma completa displicência relativa ao trabalho escolar; porquê? que razões? finalmente, foi bom, a turma que é a minha DT portou-se acima das expetativas e disso dei conta no ComRegras ; impecáveis;

presente

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final do período e as "atarefações" foram significativas; não deu para conciliar entre esta escrita e os afazeres do quotidiano em fim de período; acresce que estive em formação no âmbito dos centros qualifica; sobrou muito pouco para escrever; mas estou presente e agarro a pausa em termos de escrita

Mudanças

A partir desta entrada penso na relação entre políticas e práticas; Não vale a pena as políticas mudaram, serem as melhores do planeta, as mais bem pensadas e escritas se não se consegue pensar os modos, as formas com que elas são lidas; Qualquer política, mas umas mais que outras, implicam alterações não apenas das práticas mas da forma de pensar as práticas, Flexibilização implica uma alteração significativa dos modos de organização da escola e, particularmente, dos docentes; Não podemos pensar em flexibilização se persistirem os mesmos modos de fazer e de nos organizarmos. A permanência e a resistência de uma  "gramática de escola" choca frontalmente com outras formas e outras gramáticas; A questão passa, no meu entendimento, por perceber que gramática usamos e mobilizados para gerir o quotidiano; Por isso penso, escrevo e defendo que a mudança está em cada escola e na forma como aí, localmente, se organizaam atores e estratégias, se pensam opções e se imple

dos outros

coisas escritas para ler devagar e com atenção;   Um ponto de partida para uma mudança necessária da escola

sobre os comportamentos

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há já algum tempo que não se juntavam diferentes professores a exercer em sítios diferentes; obviamente que a escola foi um dos temas - o trabalho dos professores, a sempre presente burocracia, o cansaço, a impaciência, o final do período letivo, metodologias e estratégias de trabalho e... os alunos; houve quem se insinuasse e acabássemos por trocar ideias em torno da referência que os alunos estão diferentes; assumidamente para pior; escrevem pior, e não é apenas ortografia ou o texto, é mesmo problemas de grafia (ou de disgrafia, não sei); nota-se a falta de vocabulário; mais restrito, mas restringido que o "normal" para as idades; nota-se uma maior displicência, uma indiferença que faz com que a escola se restrinja às suas dimensões de socialização, de lazer, de companheiros e "namoríco" (como me disseram); nota-se uma significativa dissociação entre trabalho, rigor, algum sacrifício, um esforço para atingir resultados; algo preocupante é que pa

o trabalho do aluno

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sobre o tema muito havia a dizer e a escrever, para além do muito que já se disse e escreveu; acrescento, em final de período, algumas notas que decorrem dos comentários que tenho trocado com os alunos em processos de avaliação/balanço do trabalho; levou tempo a perceber uma outra metodologia de trabalho; da "natural" desconfiança alentejana ao que é diferente acrescentou-se uma resistência ao trabalho escolar que tem sido difícil de cortar e quebrar; mas, pela conversa, parece estar a diluir-se; muitos, muitos mesmo criticam o rigor e a exigência colocada no trabalho da disciplina, que devia aligeirar mais, descontrair um pouco; isto é, há um entendimento mais ou menos generalizado e assumido que a coisa é a brincar, não é para levar a sério; noto que existe um prolongar dos intervalos pela sala adentro, como se não existe uma porta a separar rotinas, dinâmicas, mundos; vamos ver como decorre o próximo;

sobre a flexibilidade

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o governo, a tutela parece que interrogou umas quantas escolas para as "convidar" a integrar a experiência da flexibilidade curricular; segundo sei por algumas daquelas onde o convite se deu, discussão parece que não houve; conversa também não, auscultação de vozes e/ou sensibilidades ou foram escassas ou não existiram; mas querem fazer a coisa com quem? quem é que tem que assumir a flexibilidade? diretores ou professores? alunos ou comunidade? há coisas que começam tortas

currículo

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sessão nº. 3 de uma ação de formação que decorre na escolinha por onde ando; primeiro, à semelhança dos pais de filhos turbulentos ou problemáticos, que, o mais das vezes, falham as reuniões, pena que alguns profes não tenham estado para ouvir a conversa; não sei se perceberiam, mas seria, no mínimo, interessante ver a cara de alguns; como foi dito, é mesmo uma questão de maturidade docente; hoje foi sobre o currículo com intervenções que deixaram água na boca e vontade de conversa; na mesa j. pacheco e a. rodrigues, ele uma figura incontornável do tema, a outra uma prática que encara a sala de aula na sua dimensão mais social;

desinteresses

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estou como os gaiatos à escola, desinteressado, cada vez mais desinteressado do facebook; cada vez mais se parece com aquela afirmação de m. da fonseca que peço desculpa de não reproduzir adequadamente, a minha praça é o meu mundo, o meu mundo é a minha praça; banalidades, vulgaridades e trivialidades; afinal dá conta do que somos;

militância

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leio um memorial a adérito sedas nunes e dá para pensar, por isso escrevo, o quanto importante é, hoje, em 2017, passados quase 30 anos do texto dos 25 anos da análise social, ser militante, estar implicado, assumir a dimensão do social ; dá para perceber e perspetivar, à luz de coisas de há 30 anos, de qual o papel da educação e as suas dimensões sociais no interior do país;  dá para perceber que sem professores militantes não haverá interior que nos salve, nem políticas que nos reservem qualquer lugar num futuro ainda que incerto;  sem militância pedagógica e/ou profissional, restar-nos-á o funcionalismo público da anuência, da subserviência, da obediência - desculpem lá, da acefalia;  sem militância ou sem implicação pedagógica (isto é, com a indiferença), resta-nos ser atores , interpretar um papel que outros escreveram, ser o que outros definiram, mesmo que com alguma recriação que julgamos própria ou nossa mas que é de outros - somos marionetas;  com mili

Adérito Sedas Nunes

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é figura incontornável na ação social e na sociologia portuguesa; junto as duas (ação social enquanto intervenção cívica e sociologia enquanto disciplina e área de estudo teórica) para dizer que uma não existe sem a outra - ação não existe fora de um dado campo teórico, como a teoria não se operacionaliza por si e precisa de um campo de ação prático; hoje, quando muitos dizem e defendem a prática a teoria torna-se essencial para perceber essa mesma prática; mas não há prática sem teoria; o ensaio é algo rebuscado, certamente de jovem investigador que se afirma pela vernacologia e se esquece, por vezes, do autor; mas que é interessante é vale a pena conhecer quem foi ASN;

de chuva

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e, em dia de chuva, os habitantes do pátio refugiam-se no interior da escola;

perfil

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as pessoas mudam, mesmo que não queiram mudar; a procura da felicidade, das coisas boas da vida impele-nos a mudar, a fazer diferente, a experimentar outras formas; mesmo que estejamos sempre na mesma, mesmo que haja um momento mias adequado que outro; mas mudamos; o blogue também muda, dentro da minha irriquietude, da minha inquietação, da minha impertinência

experimentação

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o público dá conta da experimentação da utilização de temas de abordagem e não disciplinas; para efeitos de confusão (até gostava de criar colunas): não gosto de experiências - na educação, em qualquer área social, são sempre contingentes, diretamente dependentes dos atores - temos bons atores temos um bom teatro, temos atores razoáveis e temos um teatro que nem razoável chega a ser; gosto da ideia, desenvolver e envolver, implicar e partilhar; lá está a grande frase do trabalho de projeto, diz-me e eu esqueço ,  ensina-me e eu recordo,  envolve-se e eu aprendo ; colocar-se-á o grande, o enorme desafio à escola (aos professores e aos pais encarregados de educação, aos diretores): responder com flexibilidade onde tem presidido a rigidez, tornar ágil o que é amorfo, implicar onde tem presidido a autocracia e a determinação; valorizar o erro em detrimento da resposta correta; criar espaço para as perguntas sem respostas, onde predominam respostas sem perguntas; fazer

falta de

qualquer coisa; ou de falta de palavras para a descrever, ou apenas decoro para não me esticar publicamente - que fica sempre menos bem, mais ainda a um stor ; mas, dizem que sou candidato a diretor - de escola em que nem sequer sei se estarei quando isso se colocar, se é que se colocará e se estou ou estarei interessado; à falta de resposta, porque a minha indiferença é marca, dizem que estou a fazer-me a acho socialista; e porque não uma panela; dizem isto e mais aquilo, em assumidas insinuações de mesquinhez, dor de cotovelo e simples e mera estupidez; e digo mais, é ESTÚPIDO, mas se ficam felizes, quem sou eu para contrariar;

Tutorias

O Alexandre da conta do trabalho do público sobre as tutorias ; Ontem, no ComRegras, ainda pensei escrever sobre a coisa, faco-o hoje mas não me alongo; Pela minha escolinha a coisa até começou relativamente bem; Isto é, alunos a participar, dinâmicas a acontecer, trabalho a ser realizado de parte a parte (de alunos os e professores); Contudo, progressivamente os alunos começaram a faltar, a desistir de mais esta moengas, como ouvi; Ultimamente o professor está sozinho, espera pelos alunos mas estes não aparecem; Alternativas? Contrariar inércias? Essa é que é essa...

Da primavera

Pelos lados do Alentejo central a primavera surge envergonhada, cinzenta; O dia está feinho, cinzento, nublado, com salpicos aqui e ali. Mas é primavera, valha-nos isso;

desafios demográficos

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se a demografia e os seus efeitos tem sido mais visíveis ao nível do primeiro ciclo, pela mediatização do encerramento de escolas, pela abertura de centros escolares, pela reorganização da rede educativa, ao nível do secundário ela coloca outros problemas; problemas de oferta, de alternativas, de condicionar opções ao aluno, de limitar as suas escolhas; o desafio da escola portuguesa irá ser colocado pela demografia, desafio em se pensarem formas de (re)organizar a escola; flexibilidade, escolha "à la carte", vias alternativas serão hipóteses a considerar

coisas boas

no meio do oceano que é a escola, polvilhado de ruídos e tanta poluição, surgem, de quando em vez, coisas boas; gostei e muito de ver uma aula de matemática na sala de alunos; uma aluna trouxe uma tarde (faria anos?), que o professor considerou que seria melhor partilhar no bar/bufete; aí se repartiram as fatias, se juntou um sumo e se conviveu no início de uma manhã diferente; e, já que ali estavam e já tinha tocado, porque não começar a falar da matéria? e assim foi, organizaram-se os grupos, distribuíram-se as tarefas e lá ficaram até serem mandados embora pelo professor, pois aproximava-se a confusão do intervalo; foi bom de ver

coisas

ou serão contradições? não sei se não fazemos dizem que há resistência à mudança, que somos meros funcionários, que não pensamos nem agimos como professores; se fazemos dizem que somos chicos espertos, que há uns que têm mais a mania que outros, que se está a fazer ao poder; se não fazem é monotonia, rotina, funcionalização se fazemos é porque quer tacho, poder, ou dar nas vistas seja o que for, bardamerda às dores de cotovelo, à mesquinhez, aos ignorantes

Teorias

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preparo o terceiro período e, desta feita, com desafio a mais três colegas (ciências naturais, inglês, geografia) para que implementemos um projeto comum; trabalho de projeto que sai da exclusividade da minha sala de aula para se envolver com outras disciplinas, com outros docentes; o pretexto é simples, experimentar o novo perfil do aluno numa escola e com um conjunto de professores e alunos concretos; o desafio direi que é interessante (ou engraçado) envolver duas áreas disciplinares e três (ou quatro) disciplinas na identificação de soluções para o nosso tempo; o risco é... arriscado, isto é, passa por quebrar lógicas ditas tradicionais e avançar-se, ainda que sorrateiramente, para processos de envolvimento, partilha e colaboração - não na teoria, não em mesas redondas onde se discutem temas bicudos, mas na prática, no quotidiano de uma escola e de várias salas de aula; se desafiei colegas e se aceite, então há que preparar, orientar, apoiar e adequar tanto os colegas c

aproveitamento

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conversa de circunstância entre dois docentes; um crítica os colegas pelo desinteresse, pelo desleixo profissional, pela indiferença em que a profissão de professor descaiu; outro diz que, como em todas as profissões, há bons e maus profissionais, há interessados e sem interesse, há envolvidos e outros apanhados no turbilhão; um diz que está cansado, farto, e não é pelo trabalho é pela falta de alento, pela falta de ânimo ou de vontade que cada vez há menos; o outro diz que há que aproveitar a falta de ânimo para recuperar, a falta de vontade para pôr o aluno a trabalhar, a falta de alento para que se colabore; o necessário mesmo é saber retirar de cada um o benefício para todos e aí...

dinâmicas

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a escola é fixe as aulas é que são uma seca; e nós, profes, que gostamos tanto do que fazemos e do que dizemos; exasperamos com a impaciência do aluno, com o bocejar, logo naquela matéria, logo naquele dia; há conteúdos que nos envolvem e que, se pudéssemos, faríamos com que todos gostassem; mas não podemos mas podemos recriar dinâmicas, pegar nas ferramentas que temos à mão e tentar, experimentar, arriscar; fazer o mesmo... de outro modo, com uma outra roupagem; são os mesmos conteúdos, são os mesmos objetivos, é a mesma preocupação que nos orienta; mas quando a coisa é nova... tem um outro enlace dei agora com uma ferramenta que é um 4 em 1; permite elaborar quizzes (testes) on line , com correcção feita e percentagem atribuída; permite criar mapas mentais , dinâmicos, mexidos - ajuda sempre a fazer chegar uma ideia e as suas relações; permite elaborar flash cards , isto é, jogos que permitem recordar datas, situações, acontecimentos, criar uma outra dinâmica de

à mulher

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a minha junta de freguesia distribuiu às mulheres um poema de Florbela Espanca; Um ente de paixão e sacrifício, De sofrimento cheio, eis a mulher! Esmaga o coração dentro do peito, E nem te doas coração, sequer! Sê forte, corajoso, não fraquejes Na luta: sê em Vénus sempre Marte; Sempre o mundo é vil e infame e os homens Se te sentem gemer hão-de pisar-te! Se à vezes tu fraquejas, pobrezinho, Essa brancura ideal de puro arminho Eles deixam pra sempre maculada; E gritam então vis: "Olhem, vejam É aquela a infame!" e apedrejam a pobrezita, a triste, a desgraçada!

Das carreiras

Congelados que estamos, na administração pública, há mais de uma década, ouvir falar de progressão até parece milagre; Mas logo nos alertam as notícias, progressão sim, mas... com critérios ; Assim, do pé para a mão, direi duas coisas, em termos quase de contributo para a conversa; Por um lado concordo, se somos quase todos defensores do mérito, da competência e da técnica então esperar sentado para progredir não, há que louvar os méritos, as competências, valorizar quem merece; Mas... Se servir para diferenciar e descriminar professores, como aconteceu entre titulares e não titulares, fomentar arbitrariedades e descricionaridade dos locais então... não...

coisas de mim

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este espaço, quase desde sempre, adquiriu uma dimensão de diário profissional; aqui discorro sobre o que me rodeia, em particular aquilo que faço e que gosto de fazer, trabalhar na escola, pensar dinâmicas com os alunos, perspectivar a educação como um instrumento de desenvolvimento social (pessoal e local); escrever é uma forma de me pensar, de dar sentido aos dias e aos momentos que, por vezes, não têm sentido; escrever é uma forma de me sentir acompanhado, de estar comigo, por vezes de forma intragável, outra nem tanto mas, de vez enquando, não me apetece perspectivar nada, escrever sobre coisa nenhuma; escrever desgasta; quem tem opinião não cai nas graças de ninguém nem de nada; facilmente me apontam a ortografia, o léxico, nada de monta, mas, em momentos de mais cansaço direi, como outros , que quando estou calado, quando nada escrevo até pareço um poeta

das notícias

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será contradição o secretário de estado afirmar que história e geografia (as humanidades) teriam mais horas no horário e agora passarem a regime semestral ? terá esta opção alguma continuidade com aquilo que, em tempos, n. crato anunciou com as disciplinas estruturantes? será que a partir desta opção de política educativa (disciplinas semestrais) que acrescem a já existentes (TIC/ET) perspetivará algum sentido de (re)organização da escola por semestres (e não calendário religioso)?

curiosidades

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ou serão contradições? os professores dos sítios por onde andam afirmam e defendem que a escola deve estar longe da política, que a política devia ficar à porta da escola; contudo, quando questionados sobre o perfil das lideranças (de topo ou intermédias) valorizam as dimensões mais políticas desse perfil (negociador, conciliador, decisor); os professores dos sítios por onde ando afirmam e defendem que a formação deve ser prática, que de teorias estão fartos; contudo, quando avaliam dimensões de formação destacam o lado mais teórico (e político) das ações em assumido detrimento das dimensões práticas; será contradição? residirá aqui algum aspeto que se contradiz, de incoerência?

inquietações

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sou, por natureza, inquieto e irrequieto; procuro sempre mais, nunca está completo, nem completamente pronto; no que diz respeito à escola então é mesmo o meu defeito; desta feita, uma forma de partilha e colaboração - com profes mas também com alunos - a partir daqueles que são hoje predominantes em sala de aula, o quadro branco; um quadro branco interativo o problema é saber parar, saber dosear a coisa, para que a rotina não se instale, nem se caia no excesso das variações;

currículos e comportamentos

será que se pode estabelecer alguma relação entre currículo (conjunto de saberes, estratégias e modos de avaliar) e comportamentos escolares? será que os comportamentos escolares podem ser condicionados pelas disciplinas escolares? pessoalmente respondo que sim e já na semana passada me insinuei pela escrita; hoje sublinho ainda mais esta ideia perante as notícias que dão como certa alteração da relação entre disciplinas; direi que se é certo que a indisciplina se afirma, de forma mais preponderante, no 3ºCEB por via dos interesses, ou falta deles, dos sentidos de escola, ou da sua falta, do sucesso, ou do seu contrário, então teremos que assumir que existem algumas disciplinas onde os comportamentos se afiguram como mais débeis, críticos caso das disciplinas com maior número de tempos semanais, pelo cansaço que se acumula, pela relação que se desgasta; caso das disciplinas com maior insucesso, por via do desinteresse, do confronto connosco; caso das disciplinas com exa

toons

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de brincadeiras, não fosse eu do tempo dos looney toons - coisa maravilhosa; gostava eu de ter mais tempo, ou, pelo menos, não tanta pressão em cima, para poder explorar algumas coisas que vou por aí encontrando e são tantas; dei agora com uma alternativa ao power point, prezi e coisas que tal - de nome PowToon ; vejam, eu já experimentei e é uma maravilha, aguardo pela reação dos alunos;

olhares

externos de dentro; bloco de 45', dedicado a apresentação dos trabalhos de dois grupos de alunos; por via de um excessivamente pesado e de uma internet lenta, a coisa atrasou-se aproveitada para dar indicações sobre o que se segue - tema, propostas, conteúdos; mas a coisa atrasou e entretanto chega a docente seguinte, para os outros 45 minutos; pergunto-lhe se me concede uns 5 ou dez minutos para que o último grupo possa apresentar; que sim, força e apresta-se a sair; convido-a a ficar; assiste à apresentação; no final peço-lhe comentários que elas faz; gostei e avaliou e comentou; foi bom... fica marcado trabalho conjunto para o terceiro período; vamos ver se consigo juntar a área social (história, geografia, línguas, visual) para dinamizar projeto e não apenas problemas;

coisas locais

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notícias boas, sim senhor; mas, permitam-me perguntar, para fazer o quê? quem dinamiza o espaço? que projeto ou que plano de dinamização tem o município? estou certo que todos concordaremos que o espaço precisa de requalificação e não é o único; estaremos de acordo que mais vale tarde e em ano de eleições, que nunca; mas digam-me uma coisa, quem souber, qual o plano cultural de ação e dinamização para/do espaço, o que está previsto nele acontecer? quem se chama ou que parcerias (ou contratualizações ou projetos) se perspetivam? fico, sentado, à espera e curioso

alternativas

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há já algum tempo que trabalho mediante alternativas em sala de aula; há muito que abdiquei da "missa" que é uma aula e trabalho de modo diferenciado, em função de problemas ou de projetos; considero uma e outra estratégia por via de não ser purista, adapto-me às turmas e ao aluno e ora vou por um ou por outro caminho ou por ambos ou por nenhum; o que me interessa são essencialmente, três coisas: envolver o aluno no seu trabalho (ultrapassar a indiferença e o desinteresse); criar relações da história com o presente (perceber o presente pela história) e desenvolver a autonomia e o espírito crítico com o aluno; o trabalho passa por: apresentar o tema/conteúdos numa lambidela, não mais de meia hora; definir e apresentar a questão de orientação ou o problema a resolver; definir as regras de trabalho (calendário, grupos, critérios de avaliação, procedimentos); considero três elementos como fatores críticos: que o aluno perceba o que lhe é solicitado, a avaliaç

opiniões

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há muitas e a minha conta cada vez menos - cá por casa já pouco me perguntam qual a minha opinião; mas já dei uma vista de olhos ao documento sobre o perfil do aluno no final da escolaridade obrigatória; não irei entrar na conversa que é tema requentado, que os professores estão fartos, que não há nada de novo, que há coisas melhores a fazer ou já feitas, que é mais uma mudança de paradigma , ou que se trata de mais um eufemismo , ou que é mais com menos ou menos que mais; cada um dirá de sua justiça, o que aprouver de acordo com o que sente, o que pensa ou que entenda; isso é discussão pública e espero que a blogosfera participe com ideias, opiniões, posições ou o que entenda; mas participe; da minha parte e depois de uma primeira leitura, coloco duas questões: o porquê de só na área dos saberes técnicos e tecnologias serem consideradas consequências, será que nas demais não existem, simplesmente não se consideram ou apenas, nas restantes, se consideram despiciendas?; 

Sobre a flexibilidade

De novo e a partir do meu pensamento expresso ontem, 13, no ComRegras ; Notas dos comentários que li e ouvi Que as medidas de política são desajustadas, recalcadas ou requentadas, de duvidosa execução ou sentido prático, que existem outras, no terreno, melhores e mais adequadas. Tudo verdades para dar sentido prático à eterna desconfiança entre governo e governados , entre quem decide e quem executa, entre quem, em limite, pode e quem sabe; O que vislumbro por entre os comentários passa pelo sentido de risco Risco de experimentar, de tentar, de perceber se dá ou se afinal é mais do mesmo; Mas risco também das diatribes locais, das pequenas quezílias profissionais, dos protagonismos de preponderância ou supremacia sobre modelos, ideias, valências ou apenas meras questões de circunstancialismo local; Cá está o que defendo e afirmei no texto, o importante papel que os diretores terão/deverão assumir para perceber consensos, pontos de convergência, traços comuns, objetivos p

flexibilidade e professores

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direi que estas notícias  sobre a flexibilidade curricular , são, em contraponto ao que tem vindo a acontecer aos professores nos últimos 10 anos, pelo menos, um desafio; desafio profissional e social, organizacional e pedagógico, profissional por que deverão ser os professores a identificar mecanismos, estratégias e modos de flexibilização; social, porque os parceiros locais deverão, no meu entendimento, ser envolvidos, organizacional porque a escola tem sido rígida na sua estrutura, incapaz de se adaptar a situações e circunstâncias - um horário é atribuído de setembro a agosto; pedagógico no entendimento grego do conceito, de levar a... de os professores serem capazes, com os seus parceiros, em face de uma organização adaptada a interesses e situações levar o aluno ao seu próprio futuro, não vai ser fácil; a tendência passará, por aquilo que conheço, por disciplinarizar o currículo, tornar regular a adaptação, fazer mais do mesmo pelos mesmos e da mesma forma; esper