militância



leio um memorial a adérito sedas nunes e dá para pensar, por isso escrevo, o quanto importante é, hoje, em 2017, passados quase 30 anos do texto dos 25 anos da análise social, ser militante, estar implicado, assumir a dimensão do social;

dá para perceber e perspetivar, à luz de coisas de há 30 anos, de qual o papel da educação e as suas dimensões sociais no interior do país; 

dá para perceber que sem professores militantes não haverá interior que nos salve, nem políticas que nos reservem qualquer lugar num futuro ainda que incerto; 

sem militância pedagógica e/ou profissional, restar-nos-á o funcionalismo público da anuência, da subserviência, da obediência - desculpem lá, da acefalia; 

sem militância ou sem implicação pedagógica (isto é, com a indiferença), resta-nos ser atores, interpretar um papel que outros escreveram, ser o que outros definiram, mesmo que com alguma recriação que julgamos própria ou nossa mas que é de outros - somos marionetas; 

com militância, com implicação e envolvimento com o assumir de coisas próprias e nossas deixamos de ser atores e passamos a ser autores;

ser autores implica desenhar, escrever e interpretar aquilo que concebemos, o que consideramos importante e determinante 

ser autor implica assumir, de forma crescida, a nossa responsabilidade por ser o que somos; 

sem subterfúgios, sem rodriguinhos, sem moengas 

este o desafio

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