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A mostrar mensagens de janeiro, 2017

estratégias

de sala de aula; a partir de uma entrada (irritação) minha dou conta do que sairá à cena; já experimentei trabalho de projeto; já fiz trabalho à sessão; agora irá sair um mix, entre trabalho de projeto e trabalho à sessão; tendo por base um tema dos conteúdos, lançar uma questão/problema para apresentação de propostas na semana seguinte; estamos limitados às pesquisas (por disponibilidade de recursos ou por vontades), assim irei partir do manual, dos textos e das referências que ali constam; lançar a questão/problema (no caso à luz das transformações culturais do século XVIII qual o papel da ciência hoje - como se faz ciências); e, em vez de andarmos duas ou três semanas em exploração, orientação, trabalho é mesmo de uma semana para a outra; vamos ver (e avaliar)...

governar por decreto

nunca tínhamos assistido a tantas assinaturas de um presidente americano (ou de qualquer outro lado) como nesta última semana com Trump; é o governo por decreto, como se por decreto se alterassem modos e modelos, lógicas e princípios; nada muda, apenas uma visibilidade que nunca antes houve; é o campo das intenções, dos desejos ou das vontades; até parece na escola, onde, não poucas vezes, há a tendência de governar por escrito, dando ordens por escrito; e depois falam em RAM - resistência à mudança; ah pois é...

alternativas

o meu principal desafio passa por pensar em formas, meios, estratégias, metodologias que envolvam, impliquem e mobilizem o aluno; estar numa sala de aula com mais 20 pessoas que pura e simplesmente não querem ali estar é um desatino só compreensível para quem lida com a situação; para além de não quererem, quando resistem, ou quando criam dificuldades, quando regateiam tudo e mais alguma coisa, a situação torna-se ainda mais complexa; um fala, outros não ouvem, todos falam, todos se fartam, ninguém ouve nada - o tempo passa... leeeennnnto; irritante tenho uma turma, em particular, mas não só, que me tem irritado, pelo facto que não consigo identificar estratégias ou metodologias que alterem comportamentos e, principalmente, modifiquem atitudes; são de uma total e completa displicência, abandono, desinteresse; não têm más notas; inclusivamente na disciplina estão acima de qualquer linha de água; mas com uma displicência, uma atitude em sala de aula que dá a volta a um sant

utilidades

a formação, qualquer formação, serve para aquilo que com ela fizermos; decorre de interesses, objetivos, estratégias (individuais, profissionais, pessoais); a formação serve sempre para alguma coisa; mais não seja para falarmos sobre ela, retirarmos ideias, trocarmos opiniões, dizermos bem ou mal, que é isto ou aquilo; basta falarmos, para que tenha sido útil; pelas conversas a formação foi útil;

Diferentes mas iguais

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Duas abordagens que dizem aparentemente a mesma coisa mas assentam em princípios bem diferentes ; Têm, assumidamente, uma mesma mais valia, falam de coisa tão banais, tão banais que ajudam o pessoal a pensar-se; E dizem ou defendem uma mesma ideia A necessidade de flexibilidade, de criar condições de adaptabilidade (organizacional, turmas, avaliação, currículo); E ambos defendem a mesma ideia, é preciso ousar Sou suspeito, mas gosto de ouvir

curso

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apesar de curso não se irá ensinar (quase) nada; amanhã, a abrir, David Justino e José Verdasca; dois olhares sobre uma mesma situação, o sucesso do aluno e os modos de a escola se organizar; têm os dois o mesmo defeito (entre outros) são ambos de economia, da área da gestão com assento na educação; têm os dois uma mesma virtude, entre outras, sabem o que dizem, percebem do que falam; se conseguirmos pensar juntos seria uma coisa interessante e mais interessante ainda se tirássemos ilações em conjunto; começa amanhã; escola secundária de montemor-o-novo; no âmbito da formação de professores, no qual está acreditada na modalidade de curso de formação, as inscrições foram largamente superadas; em termos individuais, quem quiser que apareça;

coisas das aulas

literalmente, e agora comigo mesmo; um aluno dava voltas ao manual; ora prá frente, ora para trás; que procuras? onde é que está aqui esta matéria, e lá dizia o título do conteúdo; está aí mesmo, disse eu referenciando o livro; mas onde? que não encontro nada; pensei cá para comigo, assim, num instante hipótese 1, dizer ao aluno onde está; despachar a coisa; hipótese 2, dizer ao aluno que terá de procurar; optei pela segunda hipótese; e disse ao aluno que bastava ele ver e não apenas olhar e que esse ver implicaria talvez um pouco de leitura; pronto, tábém, deixei a recomendação, que podia procurar pelo princípio, pelo índice; continuei a circular pela sala e, de quando em quando, a deitar o olho ao aluno; de modo a que não perdesse a curiosidade, que não desmobiliza-se; às páginas tantas, pergunto, então, ainda não? oh professor, tou farto de olhar e não vejo nada, e já leste o que tens pela frente? começa pelo princípio; e assim fez, às páginas tantas, um

uma questão de poder

retomo uma entrada minha e uma notícia de fim de semana ; será tão certo quanto inevitável que os poderes locais se alarguem e abranjam áreas que até há pouco era ou impensável ou altamente melindroso; a educação, a saúde, diferentes dimensões da segurança social terão tendência para se deslocarem para o local; a questão, no que se refere à educação (mas não só) passa pelos receios que muitos têm que o poder local (onde nem todos têm a mesma concepção de democracia e de gestão local) interfira, ganhe entrada de ingerência na escola e exista influência/interferência na gestão escolar; ingerência e interferência que não interesse, pois há muito que os poderes locais são chamados à escola (tal como os pais) para resolver problemas mas, raramente, para que deixem a sua opinião, o seu contributo; só recentemente o fazem por via legislativa; a questão passa, no meu entendimento, por o local profissional saber afirmar a sua posição, defender os seus interesses, fazer valer a sua

uma questão de silêncio

em fim de semana reconheço que hesitei em escrever sobre o silêncio; em tempos marcados por um ruído crescente, com fontes de ruído tão diversificadas quanto cada cabeça, falar de silêncio quase que pode ser contraproducente; mas cá fica o meu silêncio; silêncio para destacar o problema de grande parte (mas não de todas) as chefias, dos chefes; sejam eles governantes nacionais ou locais, diretores disto ou daquilo ou simplesmente da escola/agrupamento; há um momento em que o chefe se envolve, implica, participa, está no meio de nós; há, diz-se por aí, um qualquer estado de graça que faz com que o chefe oiça o que lhe é dito; são as enchentes de gente depois das vitórias, do reconhecimento e da assunção dos poderes; nestes momentos é bom ouvir, se é que ouvem alguma coisa; depois as medidas tardam? é por andar a conhecer a casa; as medidas falham? precisa-se de tempo; não obedecem às orientações? por que há, dizem, resistência à mudança; ao fim de algum tempo, os chefes m

adorei

que um colega desse conta de episódio em sala de aula; diz que apresentava tema que o apaixona, do qual gosta claramente; que apela à participação, à interação com os alunos; que digam a sua opinião, que digam o que pensam; está, diz, plenamente, embrenhado na aula; vê um dedo no ar desloca-se na sala, diz ao aluno para que diga, dê a sua opinião, o aluno, nada, continua de dedo no ar; o profesor insiste, diz, diz... posso ir à casa de banho?

É sexta feira

Pelo Alentejo, tradicionalmente conhecido pelo tempo quente, tá um frio de rachar; De rachar o gelo, de rachar ideias, Nos últimos tempos refugio-me na braseira, aqueço para me arrefecer daqui a pouco; É sexta feira, valha-nos isso 😀

Trabalho do aluno

No segundo período dei duas opções de trabalho e de avaliação; Trabalho de projeto, trabalho por sessão; quem optou pela opção de trabalho à sessão está algo arrependido, que preferem o trabalho de projeto, que a ele regressarão quando tiverem nova nova oportunidade. Aqueles que estão em projeto têm sentido alguma dificuldade em tratar a questão, que reconheço complexa (qual a regra, qual a excepção no período de antigo regime); Perante as dificuldades que desde cedo identifiquei (pegar no problema e não desistir) tenho percebido que há duas questões que se afirmam como cruciais: a organização do trabalho (o pessoal não planeia, não se organiza e estamos quase no fim e há muitos ainda algo atrasados);  e, segunda ideia, uma manifesta dificuldade de distribuir tarefas, de os grupos se organizarem. Gera alguma tensão e conflitos. Mas estou a gostar.

inevitável

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o processo de desconcentração, descentralização e reorganização política e administrativa; não tenho grandes dúvidas que a modernização administrativa passa por aproximar serviços do público em geral; não se me oferecem grandes dúvidas que muitos de nós irão tremer por questões político-partidárias; que se irão invocar situações e questões de clientelismos, compadrios, amiguismos, and so on , como se a centralização burrocrática não tivesse isso mesmo, não padecesse de males; a questão central passa, no meu entendimento, por reforçar não só a delegação de poderes e competências, como pelo reforço da participação e envolvimento dos diferentes profissionais; que não nos desliguemos, que não desmobilizemos, que não nos tornemos indiferentes nem alheados do que se passa, pode ser a melhor oportunidade de reforçar capacidades e competências;

quem não quer aprender

volto a uma temática que me dá a volta ao espírito, tentar ensinar quem não quer aprender; tenho uma turma, que vem do ano letivo anterior, marcada por uma significativa indiferença, alheamento e um não querer saber de nada, que incomoda, que irrita, que faz com que aquele tempo em sala de aula seja assim a modos que... nunca mais passa pensei ser comigo, face a uma outra metodologia de trabalho, à configuração de outras estratégias de sala de aula; dei tempo ao tempo; nada; percebi que não era só comigo, praticamente todos os docentes do conselho de turma indicam as mesmas situações, total e completa displicência, (quase) total indiferença; contudo e de um ano para o outro, dá para perceber o jogo que é feito por uns quantos; indiferentes, alheados, displicentes mas com resultados qb, dois ou três níveis inferiores a 3, nada de monta, nada que não seja recuperável no médio prazo, com um outro empenho, com uma outra atitude; e a minha questão é, como trabalhar com alunos assi

(a)normalidade

a diferença entre aquilo que consideramos normal e aquilo que designamos de anormal é um a (zinho); simples; desde há muito que está instalado no sistema educativo português (na cabeça de praticamente todos os seus atores), que o insucesso é "normal"; ainda recentemente ouvi, em processo de análise estatística de resultados de 1º período, que 27% ou 30% de insucesso numa turma é "normal"; o insucesso escolar é uma ideia instalada, tornada natural e normal por um sistema que, apesar de favorecer mobilidades sociais, também funcionou (e funciona) como coador de hipóteses, depurador de gentes, filtro social; perante ideias feitas e pré concebidas, perante a rigidez de um sistema que persiste em ensinar a muitos como se de um só se tratasse, perante estratégias de promoção do sucesso que mais não fazem que uniformizar e homogeneizar procedimentos, perante a obrigatoriedade de cumprimento de normas e indicadores estatísticos, que fazer ...

+ democracia

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recebi o questionário referente ao modelo de gestão para as escolas do básico e secundário; a grande questão é mesmo de feitio e não de modelo, digo eu; as diferentes questões remetem para duas áreas que dificilmente se conseguem equilibrar, a não ser por opções assumidamente políticas - isto é, escolhas das pessoas; uma na área do modelo de gestão enquanto modelo de política educativa, uma outra quanto ao exercício e aos modos de ação pessoal/individual do gestor; e, no meu entendimento, parte e mistura dois pressupostos que não são fáceis de conciliar; um diz respeito ao caráter e à personalidade do diretor/gestor que, por razões de controlo, se afirma entre um cargo unipessoal e outro colegial como se isso fosse remédio para os devaneios de muitos; segundo mistura órgãos de topo com órgãos intermédios, misturando nessa ideia, lógicas e modelos de gestão - aqueles que consideram a escola enquanto sistema público de ação coletiva, e aqueles outros que equiparam a gestão

Alentejo que morre

o Alentejo está envelhecido; as crianças escasseiam; em contrapartida os problemas e as moengas crescem ao ritmo das geadas por esta altura; por esta região e na sequência de outros casos, poucos serão os que não têm uma história de suicídio para contar; a semana passada não me tocou diretamente, mas calhou a amigo; a terra sentiu-se, as pessoas comentaram; no cemitério, logo ali junto de mim, mais duas campas com a designação de suicídio; crescer com esta moenga; é duro, não é natural nem sequer normal, mas torna-se normal, naturaliza-se; é a morte, o que se lhe há de fazer, comentava a ti maria a tapar o sol que a incomodava àquela hora

formação

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a decorrer pela escola por onde ando e onde estou; se correr bem é por causa de todos; se correr menos bem digam, porque sou um dos responsáveis pela sua organização; preocupação (ou objetivo), dar conta de diferentes perspetivas sobre a mesma coisa, saber que há diferentes olhares (e pensares) sobre um mesmo tema; por outro lado, aliar pensamento e ação, isto é, (quase) todos os eixos têm uma componente teórica e uma componente prática; mais informações , gosto é de ouvir os comentários; típico, ora se diz por fazer ora por não fazer, desde que se mexa, pimba

Porra

Não costume fazer ouvidos moucos ao que se diz em sala de aula, nem fingir que não vejo o que acontece; Uma aluna solta um porra, que se lixe - e não foi propriamente ao ouvido de colega, ouviu-se "loud and clear"; Chamo-a à atenção, e com toda a estupefação de surpresa, pergunta-me porquê, porque a advirto e a repreendo; Lá lhe digo que não é preciso correr, pode ir a andar uma vez que estamos no Alentejo e a coisa faz-se devagar; E pergunta, repetindo, mas porra é palavrão? Até pode não ser, se em casa assim lhe o ensinaram, mas como exijo linguagem formal (porque escolar e porque em sala de aula) não lhe permito esses desvarios; São estas pequenas situações, estes "incidentes" que se não forem corrigidos em tempo se tornam comuns e se passa a aceitar o anormal como normal, Daqui a pouco estamos no tu cá, tu lá - tábém tá

regras

precisam-se gostei desta exposição; afinal não é apenas comigo; não sou eu que estou a ficar velho, cansado, impaciente, farto; não é apenas na minha escola que acontece; não sou eu que estou a ficar desusado, se bem que, quando o escrevi , houve quem me corrigisse o léxico e a paciência; nada disso; é em mais sítios, com mais gente; há outros que fazem tilt e a questão é aparentemente simples; precisam-se de regras e os pais/encarregados destas criancinhas, destas mesmas que esgotam a paciência, tiram um professor do sério, nos fazem questionar e interrogar sobre o que fazemos e o que somos, pedem-nos ajuda, acusam-nos de nada fazer, apontam o dedo qual inquisidor; isto aconteceu com uma turma cujo diretor de turma foi acusado pelos pais de nada fazer em prol dos comportamentos, dos professores não mobilizarem os alunos contra o seu desinteresse, de as estratégias falharem no envolvimento e motivação dos alunos, dos docentes não estarem a fazer tudo o que podem e...

+ do mesmo

o ano letivo passado "perdi" dois alunos para o abandono - um por via de absentismo outro por abandono puro e simples; lá se trataram dos papéis e da papelada, se elaboraram relatórios, coligi dados e indicadores, estatísticas e referências de cada um, de cada caso; fizeram planos individuais, falei com pais, psicólogos, assistentes sociais e outros que mais; nos conselhos de turma de então, redigiram-se e apresentaram-se propostas, alternativas, hipóteses; criativas, como é meu hábito, com leituras da legislação não comuns, fora de uma norma, mas com propostas de enquadramento legal; de todas as propostas apresentadas apenas uma foi então aceite; os alunos acabaram por abandonar; retomaram no início deste ano letivo; ambos obrigados por via judicial; falei há pouco com o atual diretor de turma; tudo na mesma, nada de novo; está a redigir propostas, a preencher tabelas, a escrever relatórios; a falar com psicólogos e assistentes sociais; sabemos o fim, m

+ relatórios

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os relatórios sucedem-se, por vezes, a velocidades vertiginosas, mais rápidos que a minha capacidade de leitura; mas há alguns que merecem leitura; destaco este , com coordenação de A. Benavente e P. Peixoto por dois motivos, uma análise de texto quantitativa, interessante, considerando a referência (da imagem) que dá conta que os conceitos deste Relatório resultam de uma análise estatística do conteúdo dos programas de governo do PSD/CDS (anos da troika) e do PS (Governo atual). São os oito conceitos comuns mais utilizados e a dimensão gráfica traduz a sua frequência nos textos . depois por que é mais um relatório a dar conta de factos quase inamovíveis; um sistema educativo rígido, algo petrificado, com dificuldades de se alterar; pergunto eu, entre dimensões quantitativas e opções políticas, qual o espaço existente para a(s) diferença(s), para fazer de outro modo, para se procurarem alternativas isto porque se torna: urgente ultrapassar uma instituição escolar instr

Diretor ou executivo

A partir de um texto de hoje no público está montada a discussão sobre os modelos de gestão para a escola pública nacional; Sinceramente, sinceramente considero que não há modelos perfeitos; E os cargos, os órgãos são aquilo que as pessoas dele fazem; Sei de diretores que agem e se orientam como se estivessem num conselho diretivo/executivo sem daí vir mal ao mundo; Conheço diretores que são assumidos déspotas que utilizam o silêncio (e o medo) como modelos de gestão; Sei de órgãos (conselho geral ou pedagógico) que assumem as suas funções e cumprem os seus objetivos; Sei de executivos que desde sempre agiram de forma autocrática; Reconheço que o modelo de eleição atual não será o mais adequado - muito por culpa dos corpos ou do colégio eleitoral onde se corre o risco de acontecer o que recentemente aconteceu nos EUA, ganhar aquele que menos querem; Contudo, não sei se o problema será do sistema ou simplesmente do funcionamento dos órgãos - onde grandemente se sente a

memória

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deu-nos aulas, ensinou-nos a viver em democracia e em liberdade; não foi indiferente, nada lhe foi indiferente, ninguém lhe fica indiferente, goste-se, concorde-se, aceite-se ou não;

Conhecer

O ComRegras pode ter muitas coisas mais ou menos boas; podem, sobre aquele projeto, dizerem-se muitas ou todas as críticas; Mas, desculpem lá qualquer coisinha, tem a clara e assumida vantagem de permitir o conhecimento do que é feito; de dar a conhecer não apenas as coisas que são feitas na escola, como aquilo que se pensa sobre escola; O estudo agora divulgado não só permite posicionar a minha pessoa e as minhas opções profissionais (no caso sobre os ditos tpc's), como permite um outro nível de conhecimento aquela que é a minha profissão; Basta ver as notícias que são produzidas sobre o estudo e as considerações que são feitas; digam lá se não permite perspectivar, sentir um ainda que leve cheirinho do que é a escola, das concepções e valores que essas considerações transportam...

reflexões

pedi aos alunos da minha DT, no âmbito da disciplina de oferta complementar, que escrevessem um texto sobre o balanço do primeiro período; o que acharam dele, o que acharam das notas que tiveram, de um novo ano, de novos colegas ou professores método de trabalho; e com formatação dada, tinham de ter, obrigatoriamente entre 350 a 500 palavras. que nada, que coisa, e o que escrever? 500 palavras? doidera esta do profe? recebi há pouco alguns desses trabalhos excelentes textos, de criar pele de galinha, de eriçar os pelos; cumpriram plenamente o objetivo, foram além dele; souberam assumir posições, opções e posturas - mais de meio caminho andado para as corrigir, retificar, alterar; para a semana é novo texto, desta feita sobre este 2º período, quais os objetivos, o que fazer para os atingir? e as mesmas regras, entre 350 a 500 palavras; deste primeiro leque gostei e muito;

sem vínculo

Uma colega, à volta da camila, dizia que se sentia cansada, a sossobrar no ânimo, que a escola já não se vivia Que aquela não era a sua escola; Entre dois dedos de uma conversa tão rápida quanto um curto intervalo, nos apercebemos que perdemos o vínculo à escola, que falta militância, isto é, vida à escola e à profissão docente; Que antes, em tempos, o informal permitia resolver problemas, que proporcionava vínculos afetivos e que, com isso, alimentava a militância de se ser professor naquela escola; Hoje, as regras da formalização, a confusão criada e exercida entre formalismos e profissionalismo cria distâncias entre as hipóteses e as soluções, isola pessoas e seca as emoções de sermos professores;  ser professor já não é um prazer, mas uma obrigação, uma função - funcionalizou-se não só uma profissão que muito tinha de espírito, como a ação de se ser professor... Os apertos que os professores têm sentido e sofrido, ora de políticas educativas neoliberais, ora de diretore

explicas-me

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vai aparecer por aí, pela blogosfera, um novo projeto o explicas-me ; senti-me claramente lisonjeado pelo convite para integrar a equipa de lançamento; recusei delicadamente, ainda que por lá fique como "eventual" colaborador; única justificação, não tenho mais vontade de escrever sobre pressão, nomeadamente de calendário; a que tenho chega-me, prefiro as minhas intermitências deste lado; pela imagem que o projeto apresenta fico com a ideia que pode vir a dar que falar; como pela sua dinamizadora, ou, pelo menos, com quem tenho trocado teclas, a sensação que a coisa é séria, profissional; solicitaram-me uma breve descrição deste meu blogue, para que conste deixei assim a dita cuja: coisas das aulas, coisas de um professor de história sobre uma dinâmica de trabalho, o trabalho de projeto (ou estratégias de vinculação do aluno ao trabalho escolar), as vidas e as vicissitudes do que acontece numa sala de aula/escola;

influências

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há muito se sabe e se estudam as influências que um dado território exerce sobre as pessoas e, no caso que me interessa, nos resultados escolares de cada um - resultados em termos de indicadores, mas também de expetativas, percepções, valor; o território é composto, entre outras variáveis, pela sua história, cultura e tradição, muita das vezes definida pelo princípio de exploração e organização da terra; em tempos O. Ribeiro falava de determinismo geográficos na organização não só do território, mas também das relações; por onde ando tenho tentado perceber a forma como o território influência, implica ou determina formas específicas ou diferenciadas na relação que cada um assume com a escola - com os resultados escolares, com as suas expetativas... atenção que falo de ambientes entre o rural e o urbano, contextos ainda muito marcado pelas dimensões rurais mas, digo, em transição (organização e exploração da terra e do território, predomínio de atividades do setor dito primário,

o diretor de turma

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cada vez mais me apercebo do papel e da dimensão determinante que o diretor de turma (DT) pode/deve ter perante, essencialmente, os alunos; o DT é visto e está manifestamente sobredeterminado na sua dimensão burocrática e administrativa (justificar faltas, acompanhar absentismos, preparar reuniões, recolher tabelas, grelhas, matrizes, preencher tabelas, matrizes, quadros, grelhas, responder a indicadores); o DT é um faz tudo - é professor, orientador, por vezes psicólogo, assistente social, familiar, padre ou missionário, amigo ou ouvinte, ou apenas uma pessoa, por vezes um profissional; e eu gosto disto, reconheço; no que me diz respeito tentei, já por diversas vezes, instituir-me como coordenador de uma equipa de docentes; falar de estratégias de abordagem ao aluno, de promoção (individual e coletiva) do sucesso; diferenciar situações (metodologias, estratégias, opções), isto é, tentei re construir currículos em função dos docentes e das turmas; das vezes que tentei fiquei se

Uma questão de opções

Perante a aula do senhor presidente , estou mesmo a imaginar alguns senhores professores (ou país) preocupados com o cumprimento do programa, ou então a acabar com algumas disciplinas (não estruturantes) para que haja espaço para se falar disto e daquilo, de português e de matemática, do tempo e da economia, da família e das ciências a escola, cada vez mais, é uma questão política, isto é, de opções, afinal o que se tem de ensinar, o que se trabalha?

o papel dos pais/encarregados de educação

ontem reunião com pais (mães)/encarregados de educação; como gosto, casa cheia, faltou uma encarregada de educação e com justificação; e dizem que a família não se interessa... tá bém tá; grande questão, coletiva, geral, de mães e professores, o que fazer ao desinteresse, ao alheamento, à indiferença dos alunos perante o trabalho escolar; já contava, de um ou de outro encarregado de educação, com a questão, mas não de forma tão geral como acabou por acontecer; e a grande questão é mesmo esta, como despromover o desinteresse, o alheamento ou a indiferença que muitos colocam à escola e ao trabalho nas disciplinas, em particular; não há milagres, como não há soluções únicas - hoje resultam, amanhã nem tanto, naquele aluno sim, no outro não e num outro antes pelo contrário; não sei qual é a solução, mas sei que terá de ser um trabalhado partilhado entre família e escola; a questão é que a escola é ainda muito rígida nos seus procedimentos, na sua organização - é quase impne

alterações de estratégia

tal como perspectivei, o segundo período inicia-se com algumas alterações em termos de metodologia e estratégia de trabalho em sala de aula; criei (com base em coisas que conheci) uma  opção A - manter a lógica de trabalho de projeto, tudo como dantes  opção B - resolução de problemas ou resposta a questões à semana; apenas no final de cada etapa o aluno poderá alternar entre opções, consoante os resultados, consoante os seus interesses, conforme as dinâmicas...  tenho consciência que perco um pouco a dimensão que gosto, do trabalho de projeto, mas são crianças que precisam que se lhes diga o que fazer (um certo determinismo sociogeográfico); ainda que não deixe totalmente de lado, a progressiva formação na autonomia;  com alguma surpresa minha (???) a grande maioria orientou-se para a manutenção do trabalho de projeto;

Desculpas

e, o mais das vezes, esfarrapadas... o meu filho trabalha na área dos recursos humanos (começa pelo entrecosto); hoje chega a casa e pergunta-me se aprendemos as desculpas na escola? Como assim? É que uma funcionária deu uma desculpa típica de quando eu andava no secundário, que estava doente, enquanto no Facebook colocou uma fotografia a almoçar com amigos... pois, na escola também aprendemos a mentir, a dar desculpas esfarrapadas, a considerar que o(s) outro(s) é (são) parvo(s); Lá lhe disse que um dos problemas passa, não por dar desculpas esfarrapadas, mas em aceitá-las...

Redes sociais

e sala de aula, escola, uma coisa da qual tenho dado conta é a dúvida dos alunos sobre a utilização do Facebook para (em) contexto letivo e escolar; apesar de bem avaliado no decurso do 1º período fico com a ideia que, na cabeça dos alunos, existe uma separação de funções, entre redes sociais e escola (ou aprendizagem); uma coisa é a escola (e as suas dimensões mais formais), outra as redes sociais onde, pretensamente, o objetivo é socializar e não aprender; noto que ainda não existe na cabeça do alunos o princípio de aprender em qualquer lado, em qualquer altura; sinto neles aquela dúvida, afinal a sala de aula é um a seca e, quando não é, estranha-se...

novo tempo

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e dia de (re)começo; aparentemente por aqui, pela aldeia, pouco ou nada mudou; para já mudou o tempo, que está algo ameaçador com a chuva, cinzento, ventoso; mas não é novidade, é tempo disso; logo mais irá aparecer escrita no ComRegras sobre este tempo, feito de incertezas, dúvidas, algumas angústias, muita ansiedade; por aqui adianto apenas duas ideias que no meu entender e na área educativa, irão marcar o ano que agora começa; irão existir mudanças nos concursos de professores, mas dúvido que tragam consigo implicações na dinâmica escolar; perspetivo que as autonomias permanecerão dependentes de políticas nacionais, mas que o local, paulatinamente, se irá afirmar (mais não seja por pressão, pois 2017 é ano autárquico);  e muito irá acontecer, votos, ara os passantes por aqui, que só tenham coisas boas;