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A mostrar mensagens de abril, 2017

comportamentos e família

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na passada 4ª feira mais uma sessão de um curso de formação que decorre na escola;  um eixo local onde, entre outros apontamentos, se falou de comportamentos e família com pessoas que sabem do que falam; sem grande resumo dois apontamentos que gostei; o reconhecimento que na área dos comportamentos e da indisciplina em estudo realizado, praticamente 99% dos professores dizem que a culpa/responsabilidade é dos outros, não se incluem no lote de factores propiciadores de indisciplina; que os jovens saídos da universidade se apresentam na redação do jornal como se fossem de férias, confundindo o tempo de trabalho com o tempo de lazer; entre um e outro dos apontamentos a grande questão; se a escola de distancia de responsabilidades e quer é ensinar, para cumprir programas e fazer exames, se a família se desresponsabiliza das regras sociais, nivelando responsabilidades e comportamentos (como se fossemos todos iguais), quem resta para educar?

do parecer

é que nem parece que estive em pausa pedagógica há coisa de uma semana atrás; pouca, ou nenhuma vontade de me levantar da cama, cansaço, falta de entusiasmo; só gosto porque também tenho pouco apetite; boa oportunidade de perder um pouco :)

abril

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na sequência da entrada anterior, mais um apontamento, cujo texto completo está aqui ; a escola e abril A escola teve um papel fundamental na cristalização de ideias e modelos, na naturalização de situações [inerentes à ideologia do Estado Novo]. e mantém muito de uma aparente contradição esquizóide; O trabalho escolar ora é visto na fronteira do lúdico, ora como desiderato de exigência e rigor. Ora é considerado como elemento de mobilidade social, ora castigo pessoal por via da falta de empenho e/ou de vontade. Ora nos carregam com objetivos, metas, competências ou indicadores, típicos de lógicas neoliberais, ora apelam à consciência de um perfil humanista ( p. 6 ). Ora nos orgulhamos dos resultados alcançados, do percurso feito, ora nos sentimos constrangidos pela persistência de um analfabetismo que, apesar de estarmos no século XXI, ultrapassava, em 2011, os 5% . Ora a escola é vista como local de exercício de autonomias, com profissionais reflexivos e empreendedor

contradições esquizoides

o texto completo está aqui , por aqui duas notas sobre o 25 de abril primeira, sobre a referência que O país (...) tinha produzido uma pequena e idiossincrática utopia de contenção e moderação, de costumes cinzentos e brandos, de honradez na pobreza em cenários pacatos de ruralidade numa tensão representativa contraditória, para não dizer esquizóide. Por um lado, os portugueses eram passivamente transparentes, invisíveis nas paisagens líricas de aldeias de xisto, granito, ou cal, satisfeitos na sua contida pobreza, comedidos, sem ímpetos de melhoramento e auto-superação, murmurando fados, tangendo guitarras em tom menor, não se envolvendo em rixas, (...).  Por outro lado, eram os grandes heróis do mundo, os pioneiros, os mais fortes, os mais humanistas, os mais compreensivos, os mais interactivos, em suma, os primeiros e os melhores.  in Bastos, C. 2017. Utopias, portais e antropologias urbanas: Gilberto Velho em Lisboa. In. Análise Social, 222, LII (1.º), pp. 162-174

sushi alentejano

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tábém, pronto cliquem para apreciar

não sou o único

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com o tempo (e as moengas) aprendo ; devagar , que sou alentejano, mas aprendo; aprendo que nunca pensei sozinho - o que fosse (não tenho essa capacidade); mas, muitas vezes, era o único que dizia o que pensava, quando a maior parte se calava - para não ferir susceptibilidades, para não criar tensão, para não parecer menos bem; desta feita e no primeiro dia de aulas, percebo que não sou o único a pensar o que penso sobre a amálgama de projetos ; há mais a pensar como eu, a trocar ideias; mas só entre dois dedos de conversa e um café, não vá dar-se o caso... mas que caso, porra?

nem de propósito

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falei (escrevi) sobre desafios e vá de deparar com eles hoje de manhã; logo a começar, turma tão complicada quanto complexa - no desinteresse, no desajustamento entre interesses (ou lógicas) escolares e as outras, pessoal que olha para a escola como puro lazer de socialização e raramente como empenho ou abnegação, nunca como espaço de trabalho; metade da turma teve mais de 5 níveis dois, inclusivamente muitos tiveram mais agora, no 2º período, que no 1º; desistiram, baixaram os braços, atiraram a toalha ao chão; dizem que já comunicaram em casa que irão ficar no mesmo ano; já identificaram formas de racionalização do insucesso - não vale a pena passar sem saber nada; que é preferível ter mais preparação para melhor enfrentar os exames no final do ciclo; que o ano foi complicado; mas teremos ainda dois meses pela frente e, palpita-me, que alguma confusão; como envolver gente que não quer ser envolvida? como implicar alunos no seu trabalho se não quer qualquer tipo de impl

projetos

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ou amálgamas de ações a que chamam projeto durante a pausa de páscoa tive oportunidade de receber, oriunda da minha escolinha, informações sobre o  programa Operacional Regional medida 10.1 de Combate ao insucesso escolar   tem como objetivo  o “estabelecimento de condições de igualdade no acesso à educação infantil, primária e secundária, incluindo percursos de aprendizagem formais e não formais” tratam-se de medidas do programa operacional regional 2020, gerido pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional aos quais municípios e comunidades intermunicipais se candidatam e cujos alvo serão escolas (alunos e professores);  ora cá fica um bom exemplo de conversas que uns terão e a outros passará ao lado, sobre o papel das escolas (entenda-se de professores) nas estratégias de municipalização da educação ;  é que é uma assumida municipalização da educação sem lhe chamar isso;  e o que queremos nós? pela participação poderemos ter papel ou assumir a su

juntos

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já agora e depois de imaginação e criatividade, acrescentar que há muitos professores por aí que, a seu modo e no seu ritmo, acrescentam uma pitada de cada - imaginação, criatividade er, inclusivamente, alguma ousadia; contudo, considero que a questão não se deve colocar em termos individuais, isolados, fechado e circunscrito à sala de aula; precisamos de repensar o trabalho docente à luz do perfil do aluno para o século XXI; precisamos de imaginação e criatividade integradas em equipa; só a equipa permite coerência e consistência de resultados; só a equipa permite aligeirar o trabalho individual e fazer render o coletivo;

sobre o conhecimento

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ou sobre a ciência; apenas pretendo destacar que a ciência, o conhecimento serve tudo a todos, consoante o gosto; o título do i é ilustrativo e recorda uma outra situação, aquando do aeroporto da Ota onde os estudos diziam tudo e o seu contrário; se assim é, não se confundam situações, à ciência o que é da ciência, à decisão o que é da política (as decisões, pois claro);

da imaginação

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tenho conhecido professores dedicados; empenhados; esforçados; conheço  professores que arrastam os alunos consigo, fazem com que o aluno saiba, conheça; são professores importantes; mas faltam professores que sejam criativos, imaginativos professores que rompam o quotidiano, façam avançar e descobrir, incentivem a curiosidade, o questionamento, a crítica; a escola precisa, hoje mais que nunca, de imaginação, de criatividade, de ousadia para fazer diferente, para ser diferente; porque é preciso fazer diferente;

aprender

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e em pausa, tenho tempo ou, melhor dito, disponibilidade, para escrever sobre coisas que gosto; preparo resumo/proposta de comunicação - chamo-lhe "autobiografia do insucesso"; afinal, passa por Aprender no Alentejo ; este ano não tenho hipóteses de ir a mais lados, fico-me por perto, por casa não é mau de todo;

balanço

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o balanço do período foi algo assim a modos que... por um lado, menos bom; as médias das turmas desceram, como atribuí níveis dois como há muito não me acontecia; por outro lado, foi menos maus; as descidas aconteceram em todas as disciplinas, enquanto profes ficámos assim sem saber, nem perceber o que se passa; podia ser numa ou noutra disciplina, antipatias, falta de simpatias, gosto ou falta dele; mas não, cruza disciplinas, áreas e remete para a indiferença, para uma completa displicência relativa ao trabalho escolar; porquê? que razões? finalmente, foi bom, a turma que é a minha DT portou-se acima das expetativas e disso dei conta no ComRegras ; impecáveis;

presente

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final do período e as "atarefações" foram significativas; não deu para conciliar entre esta escrita e os afazeres do quotidiano em fim de período; acresce que estive em formação no âmbito dos centros qualifica; sobrou muito pouco para escrever; mas estou presente e agarro a pausa em termos de escrita

Mudanças

A partir desta entrada penso na relação entre políticas e práticas; Não vale a pena as políticas mudaram, serem as melhores do planeta, as mais bem pensadas e escritas se não se consegue pensar os modos, as formas com que elas são lidas; Qualquer política, mas umas mais que outras, implicam alterações não apenas das práticas mas da forma de pensar as práticas, Flexibilização implica uma alteração significativa dos modos de organização da escola e, particularmente, dos docentes; Não podemos pensar em flexibilização se persistirem os mesmos modos de fazer e de nos organizarmos. A permanência e a resistência de uma  "gramática de escola" choca frontalmente com outras formas e outras gramáticas; A questão passa, no meu entendimento, por perceber que gramática usamos e mobilizados para gerir o quotidiano; Por isso penso, escrevo e defendo que a mudança está em cada escola e na forma como aí, localmente, se organizaam atores e estratégias, se pensam opções e se imple