Abertura de época

Aqui, pela minha aldeia, sempre que se inicia uma época de caça é ouvir o combate e o desassossego que se instala; é um alvoroço para quem aqui vive, para quem aqui vem e para a bicharada, alvo ou não da caca;

Amanhã inicia-se a época de exames e, à semelhança da outra, todos desassossega, incomoda e provoca alvoroço;

Não sou apologista dos exames, mas reconheço a sua importância - que não discuto aqui; discuto a excessiva centralidade que adquirem, a limitação que impõem ao trabalho dos profes e dos alunos;

Tenho pena que os profdes se organizem em função de exames (onde poucos percebem a sua dimensão curricular e não disciplinar, a sua função reguladora de práticas e de indicadores e não aferidores de conhecimento), que a escola (pela legislação) não tenha capacidades nem limites para dar resposta a apoios diferenciados, a alunos com diferentes dificuldades e que os exames mais não sejam que elementos padronizadores da uniformização e da homogeneização em nome da exigência e do rigor, esses mesmos, que apelam à diferenciação (de ritmos, objetivos, dinâmicas, objetivos);

Os exames e o que eles apontam são o melhor exemplo das contradições do sistema, provocadores de stresse profissional e ansiedades familiares, de resto mais nada...

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