huomo
durante três anos tive o privilégio de dar história da cultura e das artes;
durante esse tempo, sempre que chegava à "cultura do palácio" dizia invariavelmente o mesmo;
este "ecce huomo" é o cristo que mais gosto; ontem e antes de ontem disse o mesmo, para que os miúdos despertassem para o questionamento;
se dúvidas existissem sobre se nuno gonçalves, o autor, era português penso que este quadro as desfaz a quase todas;
a simplicidade, a quase ingenuidade de todo o quadro;
o traço quase que rude, hesitante, mas determinado nos seus contornos;
os tons maniqueístas (claro - escuro, branco - preto, ouro - prata);
a capacidade do cristo ser qualquer homem, um de nós, por que coberto o rosto, indiferenciado na sua sua identidade;
são elementos, pormenores que diferenciam o norte do sul, o conhecimento técnico do saber empírico, a encomenda, da determinação;
se eu queria que os alunos se questionassem? e resultou, a partir daqui andei sempre acompanhado com uma dúzia de alunos, para falarmos de arte, percebermos que a pintura vai além do que observamos, que temos de ver e perceber para além dos que os nossos olhos vêem;
o quadro está no topo esquerdo das escadas, gostava que estivesse numa sala, que ocupasse uma parede inteira;
durante esse tempo, sempre que chegava à "cultura do palácio" dizia invariavelmente o mesmo;
este "ecce huomo" é o cristo que mais gosto; ontem e antes de ontem disse o mesmo, para que os miúdos despertassem para o questionamento;
se dúvidas existissem sobre se nuno gonçalves, o autor, era português penso que este quadro as desfaz a quase todas;
a simplicidade, a quase ingenuidade de todo o quadro;
o traço quase que rude, hesitante, mas determinado nos seus contornos;
os tons maniqueístas (claro - escuro, branco - preto, ouro - prata);
a capacidade do cristo ser qualquer homem, um de nós, por que coberto o rosto, indiferenciado na sua sua identidade;
são elementos, pormenores que diferenciam o norte do sul, o conhecimento técnico do saber empírico, a encomenda, da determinação;
se eu queria que os alunos se questionassem? e resultou, a partir daqui andei sempre acompanhado com uma dúzia de alunos, para falarmos de arte, percebermos que a pintura vai além do que observamos, que temos de ver e perceber para além dos que os nossos olhos vêem;
o quadro está no topo esquerdo das escadas, gostava que estivesse numa sala, que ocupasse uma parede inteira;
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