não sei por quanto tempo, nem em que condições, mas considero que talvez até tenha alguma coisa a acrescentar à cacofonia pedagógica que impera por aí; serei mais um, é certo e certamente que quase insignificante, mas por aqui andarei para dar conta das minhas ideias sobre as aulas e sobre a escola - as minhas, o meu ponto de vista
na passada sexta feira, ao se concluir a ação de formação na minha escola alguém levantou a questão sobre a circunstância de termos uma escola do século XIX professores do século XX alunos do século XXI o que fazer para (re)equilibrar a coisa? estarei quase certo que ninguém quer regressar nem ao século XIX nem ao século XX; a opção será mesmo de afirmar o século XXI , digo eu, pois claro; mas muitos quererão o rigor da disciplina, a organização funcional do século XIX; outros irão apelar ao retorno dos gloriosos 30 (o período do pós guerra marcado por um claro desenvolvimento europeu) de modo que o emprego seja uma consequência do estudar; outros irão oscilar, hesitar entre modernices e tradição; estabilidade e inovação; ficar ou partir; a coisa que se coloca passa como mudar? como (re)equilibrar estas diferentes lógicas? ninguém muda porque dizem para mudar; ninguém muda por decreto; ninguém muda sozinho; ninguém muda sem se saber para o que se muda...
por vezes posso dar a parecer que sou diferente dos outros; não sou; sou apenas mais um que gosta de escrever e dar conta do que escreve; coisa diferente do que me julgar diferente; sexta feira uma nota que adorei fomos jantar ao restaurante chinês onde vamos há c’anos; a proprietária, que nos conhece desde sempre, algo irritada pelas dúvidas e hesitações das nossas escolhas, sentiu-se à-vontade para se imiscuir e nos dizer e corrigir, que vamos ali para comer, não para degostar; nunca arriscamos, é sempre o mesmo e é mesmo; não arriscamos, não ousamos, não experimentamos; e a vida é mesmo assim, repetimos, persistimos e insistimos no mesmo; é difícil, senão mesmo arriscado, sair da nossa zona de conforto; por muito que até possamos perceber que ficamos a perder, que tenhamos consciência que podia ser diferente; mas não arriscamos, persistimos e insistimos; repetimos os mesmos rituais, ins...
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