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A mostrar mensagens de julho, 2015

da educação e das promesas

estão apresentadas as propostas eleitorais que irão sustentar as medidas de política do próximo governo; já aqui tratei as do ps destaco agora apenas uma síntese das que ontem foram apresentadas pela coligação; lá mais para a frente tentarei fazer o meu cruzamento de leitura; a partir das notícias destaco, no programa apresentado, duas ideias que considero centrais e diferenciadoras (pelo menos ao ps): « a alargar os contratos de desenvolvimento e os contratos simples»  isto é, instituir, por via do serviço público de educação, (mais) elementos de concorrencialidade entre escolas - mais, por que já há aquela que decorre da escolha dos pais, da diversidade de "projetos educativos"; segunda ideia que cai bem passa pelo sempre caloroso refrão referente ao  «reforço da autonomia das escolas, designadamente na definição dos planos de redução do insucesso e abandonos escolares, na constituição de turmas, na gestão do currículo, em disciplinas adicionais, nos processos de en

mobilidade

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e pronto, para o que deve e pode acontecer - que o mais provável é nada - lá apresentei a minha candidatura à mobilidade interna; cá por casa não consigo explicar o porquê de me manter, ao fim de praticamente 26 anos de trabalho, a 50km de casa; coisas que não se explicam; mas tá feito;

coisas da meia idade... e da escola

sofro (se é que se pode assim dizer) daquelas maleitas típicas do homem de meia idade, acrescido do prazer e dos privilégios da gastronomia deste país, colesterol alto, ácido úrico, fígado a precisar de descanso e um rol de coisas; o senhor dr médico não vai de coisas, comprimido para isto, comprimido para aquilo e tá a seguir com dieta mais comedida, algum exercício e daqui a uns tempos estás pronto para mais; assim faço, vá de comprimido e início, aos 51, a toma de uma porrada de comprimidos ao pequeno almoço, para o colesterol, para a circulação, para a tensão, etc; ontem vá de dar com este artigo no público ; afinal as coisas podem - podem - não ser assim tão más; quando terminei de ler a peça não pensei no colesterol, na tensão, no aumento de peso, pensei que é neste mundo, feito de mudança, de quebrar verdades e regras que os professores atuam e agem; é neste mundo onde se questionam e colocam em causa verdades clínicas antes inabaláveis que os profes tentam ensinar verda

limpezas de verão

definitivamente, os quasi 52 irão ficar para mais tarde recordar; recordar que este meu pc está a dar as últimas, tem ainda um sistema operativo do antigamente e os aplicativos que utilizo, todos em suporte web, já se recusam a fazer atualizações, insistem e persistem no aviso dos riscos que corro, and so on; recordar que será o ano em que me rendo às evidências e tentarei estar mais caladinho, sossegadinho, isso mesmo, quase tudo acabado em inho; recordar que irei tentar fazer o mesmo que os outros, entrar mudo, sair calado, dizer nos corredores o que não se diz em reuniões, ir para a sala de aula como quem vai para o sossego; mas o que me irrita mesmo é este pc estar a dar o berro, a precisar de limpeza de verão;

quase, quase, só falta mesmo o quase

tive hoje as, em princípio, duas últimas reuniões que me faltavam para começar a perspetivar as férias; uma de conselho pedagógico outra da secção de avaliação de desempenho docente; a partir de agora e até final da semana faltam-me cumprir "apenas" dois objetivos, concluir a avaliação do seminário em que participei na organização e terminar um artigo que quero enviar para a u. minho; agora entro mesmo em jeito de balanço; no meu relatório do departamento da qual sou coordenador deixei uma tabela onde apontei as reuniões em que participei nessa qualidade (não contabilizei as de conselho de turma, mais normais, direi eu); qualquer coisa como e considerando dois tempos para cada reunião (o que a maior parte das vezes foi bem mais) 48 tempos; nada mau; das turmas retiro as inúmeras aprendizagens que me deixou cada aluno, vá lá eu perceber por quê, mas este ano mais que em outros - idade?; da sala de profes poucas saudades, apenas as tentativas de me levantarem processo

Mudancas na continuidade

Houve eleições para diretora no agrupamento que frequento ; O anterior diretor, Homem de maiúscula, disse, depois de muitas diatribes (próprias e alheias), que estava a mais, que se sentia a fazer parte dos problemas e não das soluções; saiu e pronto; Realizadas as eleições parece que tudo muda para que tudo fique na mesma; ou seja, muda de diretor para diretora e o resto, equipa entenda-se, permanece; Será que era apenas o diretor a parte do problema e não a demais equipa? O que pode mudar permanecendo mais de metade da equipa (entre adjuntos e assessorias)? Que se pressupõe na continuidade do que se muda? Espera-se para se ver...

sobre os exames

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diz coisas conhecidas e, não direi banais, mas interessantes de ver e ouvir ;  em cima do fim de semana e para leituras de entretém vale bem a pena;  pode, inclusivamente, ser elucidativo de eventuais caminhos futuros que os exames e a avaliação externa podem seguir

os maus bons e os bons ... menos bons

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a imagem dá conta de notícia do público de hoje , em forma de espanto, de surpresa;  também pelo meu agrupamento muitos ficaram espantados quando, em processo de análise de resultados finais, se constata (descobre, mostra, ...) que aquela que era considerada a pior turma é aquela em que quase todos transitaram - estatisticamente fica muito perto do topo em resultados (média) e transições;  em contrapartida, aquela que era considerada a melhor ou, pelo menos, das melhores, é aquela em que mais gente "chumba," "reprova", fica retida;  uns dirão que é factor de exigência, outros obra do facilitismo, consoante as situações, as turmas ou o jeito que a coisa dá;  será que é possível de enquadrar em teroria o que a prática determina?

parceiro

e muito me honra o convite ComRegras para, a partir do próximo mês de setembro, ali ser um colaborador de escrita e de ideias, de regras ou da sua falta;  passados 12 anos do meu primeiro post , depois de terem dito que escrevo larachas, de eu próprio ter assumido que escrevo para tudo e para nada, me terem enchido a caixa de comentários de muitos e bons verbos e palavras para mim desconhecidas, depois de ter estado sozinho, de escrever para poucos amigos e alguns conhecidos, eis que um site com alguma dimensão me convida para ser colaborar;  obviamente que aceitei e, a partir de setembro, lá deixarei os meus bitaitas, largarei as minhas larachas, escreverei sobre o que penso e, essencialmente e como é meu timbre, sobre o que sinto e as coisas que me fazem sentir; 

Uma espécie de twite

Um agrupamento com, números redondos, 1400 alunos e com mais de 150 alunos com necessidades educativas especiais é o quê?

desajustamentos

relativamente ao meu relatório sobre comportamentos escolares há um conjunto de ideias que, na minha leitura dos dados, sobressaem e que cruzam os diferentes ciclos de ensino - é uma leitura minha, pois claro, enformado que está por formação académica, leitura e gosto da coisa, experiência pessoal e profissional e uma forma (assumidamente diferente) de estar e ser docente;  Entre todas as ocorrências e entre os diferentes ciclos de ensino e turmas, nota-se o crescente desajustamento entre a dinâmica e o interesse dos grupos, os conteúdos e os interesses, o currículo e as disciplinas, a ação individual e os movimentos coletivos; Desajustamento que se expressa: pelo lado do aluno, na indiferença, no alheamento, no absentismo quando não no confronto negocial ou autoritário; por parte do professor, na dificuldade de diferenciar respostas, de ir além do ensinar a muitos como se de um só se tratasse; no trabalho isolado, gregário, distante do outro; por parte da escola, na di

comportamentos e disciplina escolar

pode parecer a mesma coisa, mas não é;  uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa;  que podem andar associados, comportamentos e situações de indisciplina é verdade, mas, por esta região, o mais das vezes andam e são elementos separados, comportamentos são uma coisa, situações de indisciplina outra;  ou seja, termino o meu último relatório, aquele que já devia estar feito há pelo menos uma semana; paciência, afinal, temos de preencher nova reunião de cp;  alguns dados meus, que só a mim me envolvem e responsabilizam, a partir dos dados do meu agrupamento:  no 1CEB remetem para uma dinâmica familiar onde se diluem patamares de poder e autoridade e onde o aluno não aprende a gerir tensões, contradições e aspetos negativos da vida e das relações sociais; no 2º e 3CEB remetem para dimensões de construção de sentidos sociais e escolares onde a escola (os profes, pois claro) progressivamente se desvinculam e distanciam; mas também onde as políticas educativas apostam sem

em resposta a pedido

considerando que não tenho outra forma aqui fica o meu contacto manuelcabeca@gmail.com usar, sem abusar

a lei e a verdade

uma coisa com a aparência de nada ter a ver com a educação e menos ainda com a escola;  foi ontem publicada a lei 71/2015 que determina «o regime jurídico da emissão e transmissão entre Portugal e os outros Estados membros da União Europeia de decisões que apliquem medidas de proteção, (...)». nem me alongo muito, repesco um comentário de uma amiga do facebook (...): lá estão os crimes sexuais, a violência doméstica, o tráfico de seres humanos, a corrupção.  Houve tempos em estes crimes eram invisíveis e condição do sistema que considerava as mulheres como "propriedade" dos maridos. E, a corrupção era, também ela, vista como uma condição do poder e da sua manutenção. se as práticas, o dito "habitus", define a lei, é também certo que diferentes circunstâncias, entre interesses, objetivos e preocupações, influenciam a forma como nos relacionamos e encaramos os problemas do quotidiano;  coisa que ontem não era problema, nem sequer equacionado enquanto tal, ho

a construção de sentidos

uma das minhas (muitas) batalhas enquanto profissional (por muita dificuldade que sinta em me fazer entender) vejam que vale bem a pena, particularmente na pausa de verão talvez ajude para depois rapidamente esquecer - depois quando estivermos em sala de aula, no constrangimento do tempo, no aperto do frio de inverno,  é tão simples que as pessoas (os profes, mas também os pais) dizem, de imediato, que é impossível;  será mesmo impossível? será apenas retórica? será apenas teoria?  até onde é que o discurso que é teoria não é em si mesmo uma teoria? uma forma de inércia?  vale a pena, até arrepia  A escola como imagem criadora de futuro

conversa de cota

a filha anda como monitora num campo de ATL, tempos livres;  foi hoje o seu primeiro dia;  conversa pós laboral e como correu, pergunto;  oh pai, acho que os miúdos hoje estão mais mal educados, mais mal comportados; não quero parecer cota, mas eu que estive em tantos campos de férias e ATL's acho que nunca fui assim; eu peço uma coisa e eles fazem outra, os monitores mais velhos mandam para um lado e eles vão para o outro;  será conversa de cota?

sobre a concorrência

hoje dei conta de mais uma das disputas típicas da cidade de évora, a concorrência pela escola dos filhos;  as dimensões mais sociais da escola começam logo no básico quando, quem pode, pretende escolher a escola do filho, a professora, ou a zona mais adequada;  prolonga-se pelo secundário de modo a escolher aquela escola onde, pretensamente, se garantem as melhores notas, as boas classificações para o que se pretende (por opção ou por pressão); há dias defendia uma colega a livre concorrência entre escolas de modo a melhorar condições e a garantir uma maior diversificação de recursos;  não me incomoda desde que haja possibilidades de concorrência e do exercício das condições e factores que suportam a concorrência;  agora arraiolos, viana, montemor não conseguem concorrer com évora em termos de ofertas e da sua diversificação;  mas nota-se e cada vez mais a concorrência entre escolas limítrofes, montemor, mora, viana, vendas novas, um grupo, estremoz, arraiolos, sousel e, a

escolhas e seleção

hoje inicia-se o processo de candidatura de acesso ao ensino superior;  costumo dizer cá por casa, ou se escolhe ou se é escolhido; consoante o trabalho do secundário (e do básico) assim há notas para uma opção ou não e somos arrastados para um qualquer lugar;  as escolhas sempre foram condicionadas por muitos e diversificados factores;  desde logo e, por muito que os pais e família digam o contrário, são uma referência essencial na pressão, na orientação, nas escolhas, seja por questão de mimetismo social, seja por omissão ou indicação (não há emprego, ganha-se pouco, é muito "custoso", and so on);  os amigos, próximos ou afastados são sempre uma referência, por vezes um porto ou uma âncora (boas e más);  a comunicação social e as modas;  gosto, em particular, de ouvir o quanto as vocações exercem e condicionam as opções, eu que digo que vocação será para teologia, quanto muito, mas tábém;  a questão é que há muitos, cada vez mais jovens que chegam a esta fase

da autonomia

a partir das notícias relembro, se é que é necessário, que o discurso, o conceito, as ideias em redor da autonomia estão gastas, velhas, de barbas neste nosso país;  desde o famoso decreto da autonomia, o 43/89, que se fala de autonomia; a maior parte das vezes sem se saber do que se fala ou condicionado pela posição que cada um ocupa na escola ou no conjunto dos seus interesses; isto é e por incrível que possa parecer, para um diretor a autonomia é uma coisa, para um diretor de turma outra, para um docente individualmente considerado outra, para um pai uma outra e para o município uma outra;  mais, acrescento eu, fala-se e discute-se a autonomia mas com medo que nos digam que somos autónomos (qual outorga) pois logo de seguida tal coisa implica assumir as responsabilidades e aí poucos estão disponíveis; é que é muito mais fácil identificar culpados do que arranjar soluções; e, assim, a falta de autonomia justifica e legitima muita da estupidez que grassa nas escolas com perfeito

impossível

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há dias atrás, em reunião de departamento, apresento uma ideia, reservar uma sala de aula, se possível para um ou para dois ou para três docentes;  em vez de se fixar a turma, coisa que é comum em tantas escolas, qual continuidade do primeiro ciclo, aqui a proposta passava por fixar o docente,  e não se trata de criar uma sala desta disciplina ou daquela, mas uma sala para o docente ou para um par de docentes;  objetivo, evitar que o docente ande com a mobília atrás de sala para sala, de andas para bolandas;  resposta imediata de tantos, impossível, utopia, só da minha cabeça,  adizeres deste há aos pontapés pelo facebook e pela net, pena que poucos se lembrem deles aquando de dimensões mais práticas;  mas eu é que sou o teórico, ah pois é

até parece que não tenho nada para fazer

ando de volta de um relatório que na me apetece mesmo nada escrever; se na me apetece, divago, pesquiso;  mas o cansaço é significativo e, quase que de forma consequente, a capacidade de concentração excepcionalmente reduzida - ela que nunca foi de monta;  portanto escrever uma peça mais formal está fora de questão;  então navego e dou com uma e outra peça qual delas a mais interessante;  tratam, sob diferentes perspetivas, o retomado conceito de interdisciplinaridade, coisa que muito se falou nos idos anos 80 e 90 do século passado; coisa que apesar de interessante não foi grandemente compreendida - daí a falência de todos os projetos que para isso apontavam, área escola, área projeto, entre outros; não foi compreendido por que se continua a assumir que interdisciplinaridade é uma reunião de conselho de turma, diferentes disciplinas, um mesmo objetivo e o processo tá feito - não tá,  o conceito, à luz dos tempos futuros, é retomado e, outra vez, atirado para dentro da es

do rigor e das falhas

outra notícia do dia de hoje, sobre falhas nos exames de português, vem contrariar a ideia que os exames são o rigor absoluto, que avaliar em teste é científico e quase que infalível; avaliar é, sempre, criar um juízo sobre o que outro fez; por muito critério que se defina e determine, por muito pretensamente claro que seja a regra e a orientação, avaliar é um juízo, um valor, algo que é passível de não se adequar ou contextualizar aqui ou ali, a este ou àquele; pessoalmente não vejo nada de mal nisso, o grande problema que encontro é querer considerar a avaliação como ciência infalível, qual física newtoniana, aí é que falham;

da regra e do preceito

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A notícia corre quase todos os jornais de hoje, basta ver as capas ;  propaga-se por um outro blogue docente, dando conta de preocupações e aflições;  mas o que revela ela;  direi, na minha assumida imodéstia de análise, que duas coisas, essencialmente;  um aviso aos senhores professores sobre a paciência, a necessidade de comer e calar, aguentar e suportar, chegar ao chamado burn out, mas sem magoar nem ofender os meninos;  um aviso social que fica entre o público em geral, onde se dá conta do que vai acontecendo nas escolas ou daqueles apontamentos que servem de exemplo, não deixa de ser um barómetro escolar; mas quero pensar que também aos pais sobre as formas que há que assumir para que os meninos se comportem;  entre um e outro, o que está em causa é o refazer de regras e de preceitos, regras de relacionamento em sala de aula, na escola, entre quem ensina e quem pretensamente aprende; mas também o preceito do exemplo, da autoridade, do papel exemplar, para o bom e p

dos resultados

e saíram ontem os resultados e as notas de exames;  uma síntese interessante do nacional para que se comparem ou analisem com o que se entenda;  com alguma surpresa minha os meus alunos que foram a exame baixaram médias, resultados e duas reprovações; não vale a pena dizer que estou em linha com o nacional, que os resultados decorrem da falta de investimento pessoal;  tenho e terei de equacionar estratégias, metodologias e opções; 

coisas de fim de semana

entre a redação dos relatórios que tenho e uma fuga à net para aliviar a cabeça, pesquiso e procuro sob dois descritores;  organização escolar, de modo a alinhavar ideias e escrita para o II colóquio internacional de ciências sociais da educação , a realizar na universidade do minho lá para outubro, tenho resumo aceite e texto a redigir até final do mês; quero escrever sobre a influência que a forma como a escola está organizada exerce no processo de transformação do aluno em cidadão e, consequentemente, condiciona a sua personalidade; ainda que sem existir linearidade os exemplos decorrem de uma escola democrática incentivar a democracia, uma escola normativa definir uma pessoa normativa and so on ...  e professores e blogues, com uma particular acuidade para esta minha região alentejo; tento perceber outras realidades, outros contextos; tento conhecer, por aquilo que perpassa pelas escritas, o que se escreve, sentimentos e ideias de escola, de educação, de aulas, de organização

Coisas das aulas

Este espaço ganhará e reforçará a dimensão para o qual foi criado, falar das aulas, de uma forma de estar e trabalhar em sala de aula; Daí que, não havendo aulas, possa ser mais intermitente...mas presente.

Os resultados

E foi a eleição para a diretora do meu agrupamento; Tive os votos para os quais trabalhei, zero; é duro perceber que me dão zero, mas a realidade é isto mesmo, não há que contornar; Não passo à oposição porque, considero eu, na escola não deve existir oposição, quanto muito divergências, mas passo ao simples anonimato, à indiferença de tudo e de todos, ao simples individualismo;  é aí que devo estar; Regressa-se a uma ideia de poder e autoridade, ao mando, quero e talvez possa, a um passado pretensamente de ordem e disclina; O futuro o dirá A vida continua

do deve e do haver

a partir daqu i digo também de minha justiça; vamos entrar em balanço, numa contabilidade excecionalmente delicada entre o deve e o haver das políticas educativas - e de tudo o mais; aproxima-se a seally season , mas também a campanha (pré ou evidente) para as próximas legislativas;  tudo se dirá, todos os balanços se farão; digo dos meus na área educativa, pelo menos para já;  impressionante como nem damos por isso, mas, desde 2011 para cá tudo, mas tudo mudou na política educativa; direi que não deve existir um único diploma, uma única área, um qualquer recanto da educação onde este governo não tenha entrado, umas vezes qual elefante em loja de porcelana, outras com a delicadeza de uma aventesma e outras com pertinência ou mesmo e talvez com alguma razoabilidade (por muito que eu não consiga perspetivar qual e onde, mas pronto, deve existir);  com base num discurso estudado e planeado, assente no rigor e na exigência - coisa cara aos profes - prometeu implodir a 5 de outubr

ousar é preciso

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direi mais ousar arriscar atrever experimentar tentar escolham o verbo e conjuguem-no com ousar maria barroso foi uma professora que ousou, experimentou, arriscou e... conseguiu;  criou uma lógica educativa que, há altura, ousava enfrentar o regime, as modas, as correntes, as opções educativas de um tempo;  tendo por base o que antónio sérgio defendeu anos antes, criou um colégio diferente, foi diferente, fez diferente;  precisamos, hoje mais que nunca, de pessoas que ousem, que experimentem, que se atrevam, que recusem a monotonia das políticas, a uniformidade dos dias, a homogeneização das ideias, precisamos de pessoas  que ousem,  que façam diferente que experimentem que se atrevam precisamos de pessoas simplesmente que não tenham medo ( imagem tirada daqui )

resultados e opções

no meio dos afazeres de final de ano letivo e enquanto coordenador do departamento que integro, dou comigo a analisar os resultados escolares;  e então não é que o pessoal tem razão? por pessoal considero o meu (ex) diretor e a sua equipa, a delegação escolar e o ministro da educação,  é que os resultados melhoraram significativamente de há dois anos a esta parte, todos os resultados, as políticas educativas e as opções de escola - é que tudo melhorou - e bem - transição, sucesso, por ano ou por ciclo, (in)disciplina, absentismo;  continuem assim, apertem mais e mais, obriguem mais e mais, não deixem os profes pensar e estou certo que um dia deste estaremos a fazer forte e séria concorrência à finlândia - qual filãndia qual quê, singapura, japão, tawein, esperem por nós que ficam para trás; 

relatórios, relatórios, relatórios

coisas de final de ano letivo - a pior e a altura do ano e da escola que menos gosto; mas cumpro se conseguisse perceber o mínimo sentido a tanto relatório certamente que os escreveria com outra disposição, com um outro à vontade; mas sinto que escrevo apenas para guardar, talvez e como boa hipótese, para memória futura;  posso estar errado e enganado, mas poucos ligam ao que se escreve nestes últimos relatórios, poucos, muito poucos levarão em consideração ideias, propostas, recomendações, ou simples sugestões;  mas escrevem-se, preenchem-e resmas, paletes de folhas em branco sobre: resultados, plano de ação ou de atividades - nunca souberam a diferença entre uma coisa e outra, de departamento, de avaliação, and so on... mas para quê???

Parvo

Obtém escrevi sobre o processo concursal para diretor de escola/agrupamento, hoje acrescento; Apresenta-se um projeto que deve reunir ideias e ações, objetivos e indicadores do que se pretende e do que se quer alcançar; Apresenta-se o currículo, feito de histórias e opções, escolhas e sentidos de vida dando conta do que fizemos e de quais as competências para o que nos propomos; Exige-se formação na área feita sempre por conta e risco de cada um, independentemente dos níveis, graus ou títulos que possa conferir apesar disso mesmo, a formação, ser factor de diferenciação social e económico; Depois vota-se, manda-se à merda tudo o que ficou para trás e escolhe-se livremente; Então para quê tudo o resto?

Coisas de fim de semana

A escola básica e secundária, as políticas educativas e muitos país persistem e insistem em fazer da escola um local entre o aprender e o fazer; O professor diz, pelo contrário que: Temos de treinar e criar jovens que tenham capacidade de se adaptarem àquilo que possa ser o futuro, os empregos de hoje não vão ser os empregos de amanhã Mas esperamos impacientes que outros nos digam o que temos de fazer; detesto rebanhos...

da necessidade

democraticamente não há sistemas perfeitos; todos têm os seus quês, se não é para uns será por causa de uns;  a eleição para diretor de um agrupamento de escolas, pelo definido na legislação, serve dois ou três propósitos;  dar voz a todos quantos têm interesses na escola;  legitimar lógicas e princípios de pseudo competência;  validar os processos nacionais, pelos quais se orienta e enquadra, afinal, um diretor geral também é assim escolhido;  justifica-se? será o mais adequado ao contexto escolar e/ou educativo? é sério perante os interesses e como eles se jogam no local? será ele efetivamente representante dos interesses? talvez sim, talvez não, mas é o que temos e é com o que temos de viver...

da entrevista

e lá fui à entrevista, lá estive, com o guião a servir de leitura e uma pergunta solta;  cinco pessoas, as que reconheci, duas docentes, uma representante do pessoal assistente, um elemento do grupo dos cooptados e um outro que não sei, apesar de não ser rosto estranho, se do município se da associação de pais;  rostos constritos, quando não mesmo comprometidos; nota-se tanto que até digo, meu deus... curiosos mas sem ser surpresos; orientados? decididos?  pergunta solta, caso perca está disponível para trabalhar com quem ganhar? obviamente que não, umas vezes ganha-se outra-se aprende-se - e eu tenho aprendido tanto que sou mesmo teimoso; 

janelas da minha cidade

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as janelas têm como objetivo: iluminar o interior; observar o que se passa no exterior; dar conta, sem ser explicito, do que se passa no interior;  ser ponto de refrescamento, de correntes de ar; prender quem está no interior, condicionando a sua saída ou impedir entradas alheias;  e uma janela a qualquer coisa como 10 metro do solo? iluminar o interior; criar sombras e luzes de ilusão, fomentar um cenário, destacar pontos; 

dúvidas, incertezas e caminhos

a minha escola está em processo de concurso para diretor do agrupamento desde meados de maio;  por esta altura, acertam-se agulhas quanto ao final do ano letivo que, coincide em tudo, com a preparação de um novo ano letivo;  realizam-se reuniões, organizam-se documentos, prestam-se contas de coisas que ninguém sabe se serão estas ou outras, se ficam ou se mudam;  reconheço (PUBLICAMENTE) o excelente trabalho e em particular o profissionalismo daqueles colegas que ficaram com o menino nas mãos - estão de parabéns;  mas há quem não perceba nada de administração educativa nem de gestão escolar (será que perceberão que são coisas distintas?) e atrase tudo; certamente com as melhores e mais plausíveis justificações;  será que contam ser chamados a rever documentos e a reformular orientações?

atenção

por força de circunstâncias várias tenho dado mais atenção e reparado com uma outra acuidade, que é mais fácil: identificar culpados que arranjar soluções;  mandar, do que pedir ajuda (quem diz pedir diz solicitar, propor, para que não fique tão dependente);  fazer mais do mesmo, persistir no erro, do que avaliar e corrigir; 

estatística

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em final de ano letivo e à espera que sejam publicados resultados que serão analisados sob muitas e nenhumas maneiras, fica aqui , para os interessados, o link das estatísticas educativas;  um desfasamento de dois anos que muitos já me tentaram explicar e que eu, por força da minha dificuldade em trabalhar com o número, ainda não consegui perceber;  apesar das minhas claras limitações em lidar com números, gosto de os ver, analisar e tentar perceber o que nos dizem;  mas nunca esqueço uma afirmação que em tempos ouvi se queres mentir ou faltar à verdade, há três formas de o fazer, mentir, omitir ou usar a estatística;