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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

das notas

estive a rever as minhas notas de primeiro período e de balanço da avaliação; importantes para poder perceber o caminho que sigo, alterações e algumas reconfigurações; a minha principal preocupação para o 2º período tem sido o enquadramento do trabalho dos alunos no seu portefólio, enquanto instrumento de avaliação - nas notas surge a indicação que utilizei pouco, defini mal e não enquadrei adequadamente o aluno neste instrumento que para todos os efeitos é novo para ele; neste quase mês de trabalho a preocupação e a orientação tem tido como objetivos criar e organizar os registos de informação sobre o trabalho que cada um desenvolve; sistematizar a ação, as tarefas realizadas e as metas que cada um define e cumpre (ou não); primeiro balanço direi que razoável;

coisas engraçadas

sou docente dos ensinos básico e secundário; neste processo sou obrigado (não sei por quem, mas sou) a definir: instrumentos de avaliação, apresentar e elucidar critérios de avaliação, distribuir pesos e ponderações se questionado por quem quer que seja lá terei de apresentar provas provadas de conteúdos, metas, estratégias e o que mais for solicitado, registado que está em tabelas, grelhas e matrizes, (sempre para proteção e salvaguarda de nós mesmos); os alunos mal sabem ler e escrever, mas tudo isto tem de ser feito, no ensino dito superior, onde as crianças já são adolescentes e, muita das vezes adultos certos e cientes de si, nada disto, tudo fica ao critério (tantas vezes arbitrário e discricionário) do senhor professor; fazem-se frequências, exames, recursos e coisa que tal e o aluno conhece os conteúdos e já não é mau; quanto a critérios de avaliação, népia, segredo profissional; diria que nem tanto à terra nem tanto ao mar, certamente ao longo da linha de costa

coisas boas

depois de um primeiro período a gritar ao ai jesus por aquela que é a minha direção de turma, o segundo período mostra-se algo mais equilibrado e, digo eu, normal; há dias, na minha aula, tive mesmo de os elogiar, a isso fui obrigado; atentos, silêncio sem ser clausura, trabalho com dúvidas e questões de orientação, empenho; foi quase a aula toda; e nas demais aparentemente e na generalidade a coisa está mesmo muito melhor, palavra de profes; vale a pena insistir e persistir, mais não seja até à próxima, é forma de encher o pulmão e voltar a mergulhar, se fundo ou não, o tempo o dirá; mas esta semana foi boa, muito boa

gosto

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gosto desta, mostra não apenas versatilidade, como capacidades e possibilidades que, por vezes, não encaramos ou desconhecemos; a mim, por ser profe, sempre me disseram que tinha jeito para a política...

como os miúdos

ele há tanta coisa sobre o que escrever, ele há tanto pretexto e situações e circunstâncias que me impelem à escrita que opto por.. não escrever - opto por desfrutar do que vejo, do que oiço e perceber o que sinto; ele há pequenas e grandes coisas que nos obrigam a pensar e a sentir diferente - será também ser diferente? uma criança que nos pede para ir almoçar por que quando era hora disso não teve tempo (??) uma professora que sendo de uma área e colocada em apoios ao especial lhe pedem para fazer sardinhas em conserva e não pickles em conserva por que preferem..., pois quando uma mãe pede desculpa por, com lágrima no olho, ser mãe e pai e o menino não ter as notas que deve ter, o que responder e sentir; quando um profe pede para falar com o diretor por causa de um aluno algo problemático e a resposta lhe dá conta que não pode por que tem de preencher a plataforma antes que ela fique indisponível significa o quê? quando, em sede de departamento, se trocam olhares sobre as

implicações

a dança de cadeiras e de lugares, fruto da mudança de governo e de tutelas, parece que começou e que se alastra por aí, seja pelo país (aparentemente a diferentes velocidades, nem percebo porquê), quer pelos setores (mostrando a hierarquia dos lugares, das tutelas e das preponderâncias regionais); não me imiscuo pelas políticas, pelo menos por aqui, mas levanto a questão, tem esta dança implicação ou interferência na sala de aula? uns dirão que não, que são coisas de bastidores e de tachos, eu digo que sim, estão diretamente relacionadas com a capacidade de mobilizar ou apoiar as ideias de trabalho em sala de aula, de apoio ou recuperação de alunos com dificuldades, problemáticos ou de baixos resultados; direi que faz toda a diferença ter pessoas que apoiam e orientam, promovem e esclarecem, daquelas que complicam, regulamentam ou se dizem asséticos aos contextos, faz toda a diferença ter pessoas que são zelosas cumpridoras das regras e das orientaçãoes (ou ordens) e que apen

confusão

conversa de professores em sala de trabalho; trocam-se ideias onde, o que se destaca, é desgaste que a sala de aula causa a todos, em particular oriunda das ditas turmas não regulares - vocacionais, de inclusão ou mesmo de profissionais; fala-se do cansaço dos comportamentos dos grupos/turmas, da turbulência das relações, da conflitualidade (negocial) que sustem a dinâmica de sala de aula, do esgotamento que o desinteresse de todos levanta, da exaustão pelas indiferenças; pergunta-se e o que nos espera...

P/Maternalismos

é coisa habitual, comum e faz parte do trabalho docente e cobre uma significativa dimensão profissional - o hábito de tratar os alunos e as turmas de forma paternalista ou maternalista, consoante as circunstâncias; é aquele cuidado especial como se a oratória fizesse efeito e o aluno entendesse o que se diz; é o poder pastoral há muito tratado e abordado como forma de ensino, de retificação de comportamentos ou de estados de alma; reconheço que é uma atenção na relação que é essencial numa profissão onde os afectos e as emoções estão, muita das vezes, à flor da pele; contudo, costumo dizer que tudo o que é demais é mau; e há professore/as que abusam; e onde disse a alguém, não seja mãe deles, sê professora deles; de vez enquando, mesmo com os nossos, é preciso deixarmos de ser excessivos e sermos aquilo que somos - pais ou mães, professores ou professoras... só assim eles crescem...

dinâmicas

tenho gostado do trabalho das turmas neste início de segundo período - e tenho-o dito aos alunos; hoje então, tive duas turmas que me surpreenderam positivamente; uma pelos temas que definiram para os seus trabalhos, pouco (ou mesmo nada) comuns para o 7º ano de escolaridade, um grupo definiu a origem das ciências e outro a democracia (estuda-se a grécia do século V a.C. - habitualmente o pessoal vai para as artes, jogos olímpicos e coisas parecidas, sobre as ciências então nunca tive nenhum grupo a trabalhar, será o primeiro; a outra foi mesmo pelo envolvimento, turma deveras problemática hoje parecia que o grupo tinha tomado daquela coisa que acalma o pessoal e sossega os professores, estiveram impecáveis, fiquei surpreendido; o desafio, reforça-se a ideia, passa (e muito), pela criação de dinâmicas que permitam o envolvimento e implicação do aluno no seu trabalho e isso é da minha responsabilidade; mas é cá um desafio...

Desistir?

Ontem comentaram comigo, pena é a tua direção de turma, imagino que tenhas pena, que já tenhas desistido deles!?!? Não tenho pena e não desisto dos meus alunos (nem de quase nada, diga-se); Não vou desistir dos alunos, por muito que eles tenham desistido do que quer que pensem que tenham desistido; Continuar-me-ei a bater por eles, a tentar, a insistir, a teimar; Se eles ganharem, paciência, mas não desisto, Objetivo principal, levar, pelos menos, metade (10, no final do 1º período seriam 4/5) ao 8ºano (tudo o que vier por acréscimo é mais ganho);

despiques e desafios

aula de oferta complementar, aquela que algumas escolas atiram para que os professores ocupem o tempo, falem disto e daquilo; organiza-se o trabalho, trocam-se ideias, oiço e negoceiam-se propostas, sobre isto, sobre aquilo, na generalidade em torno de comportamentos; um aluno, assim a modo que mais fresco que o dia, atira, oh professor, eu vou fazer sobre bmx; ia a perguntar porquê e com que objetivos, contive-me e disse tá bem, afinal é aluno de 2 (não atribuo níveis 1) e nada fez no primeiro período, há que aproveitar uma proposta; certo, tábém, para quando? ficou algo encavacado se não mesmo aflito, vi que não esperava a resposta afirmativa da minha parte; habituados que estão a gerir os problemas que criam ficam sem argumentos nem palavras quando têm de gerir soluções; lá me diz, com um ânimo na voz que nunca lhe tinha ouvido, que vai falar das peças, das acrobacias, da história, do nacional e do local; e posso trazer a minha bmx? claro que podes; mas a continua não

escola e desafios ou os desafios da escola

os tempos e o mundo não estão para brincadeiras de palavras, mas gosto de brincar com as palavras; num tempo em que se discutem os exames ou as provas de aferição pergunto eu se nos esquecemos de discutir a escola ou se,entre exames e aferições, escondemos o sol com a peneira e discutimos pormenores sem ir ao essencial da coisa; a escola são muitos mundos (ou muitos tempos), o meu, o teu, o nosso, o dos outros, o de hoje, o de ontem e o de amanhã, o que temos e o que queremos, do que fomos e do que somos, das regras e das conformidades, como do mundo (e dos tempos) da autonomia e das ousadias, sejam elas políticas, sociais, profissionais ou meramente pessoais; a escola é o nosso mundo/tempo e o dos outros, neles nos encontramos de quando em vez, noutras limitamo-nos a cruzar, a passar por entre mundos e tempos; não têm existido (ou sabido existir) estratégias , ações, pessoas que colem (saibam colar) estes mundos (e tempos) por vezes tão diferentes quanto, noutros momentos, con

aferições e exames

Sexta feira passada (ainda bem que não foi dia 13) foram anunciadas algumas das novas regras pelas quais os alunos do ensino básico (atenção a este pormenor, os alunos do ensino básico) irão ser sujeitos a novas e outras regras de avaliação ainda no decurso deste ano letivo. Os exames do 4º ano já tinha sido suspensos, esperavam-se orientações e/ou decisões quantos aos demais, nomeadamente ao nível de 6º e 9º. A opção vai no sentido de substituir os exames existentes por provas de aferição ao nível do 2º, 5º e 8º e manter os exames de 9º ano. Como sempre, já ninguém estranha, lá aparece o rosário habitual de críticas ao facilitismo e laxismo da esquerda educativa, ou e em contrapartida, os comentários revigorantes e afirmantes das opções de equidade e igualdade pelas quais o sistema público deve pugnar.  Para além destas, foram ainda introduzidos dois novos elementos de argumentário.  Por um lado, relativos à avaliação que deve ser feita ao sistema antes de qualquer

dos jornais

a partir das capas dos jornais de hoje, muito haveria a ler , escrever e contar ; gostava de perceber, a partir dos arquivos das capas de jornais, quantas vezes e em que jornais surgem temas sobre a educação ao longo de um ano; quais os principais temas, quais os jornais com maior percentagem de notícias sobre educação, que notícias, que destaques, qual o impacto das notícias na formação de opiniões educativas (em pais, em docentes, na sociedade em geral), será que essas opiniões e ideias se repercutem nas práticas educativas, de que modo, como, porquê? fica a simples curiosidade...

das dinâmicas de sala de aula

apresento o plano de trabalho (e respetivos conteúdos) para o segundo período; defino objetivos (alguns dos quais relacionados estreitamente com as metas da disciplina) em função de cada mês de trabalho - afinal só temos um tempo por semana o que permite que um objetivo por mês seja suficiente; peço para que em função da proposta que apresento, os grupos e cada aluno individualmente se organize mediante a definição das suas propostas de trabalho que contemplem quais os objetivos, as tarefas a realizar, as ações a desenvolver; deu para perceber do entendimento, envolvimento e participação da generalidade dos alunos; pequenas alterações à dinâmica de primeiro período - grupos em que posso intervir e condicionar (afinal agora já os conheço), avaliação individual quantitativa no final de cada sessão, definição, por grupo e individualmente, de marcos de trabalho e avaliação em função do objetivo de cada mês; vamos ver como corre; indicadores de avaliação: tempo de concentração e t

dos pais

ontem reunião com pais/encarregados de educação da turma da qual sou o diretor; turma má, pelos resultados, pelos comportamentos, pelas atitudes e posturas não só em sala de aula ou na escola como na vida; entre todos trocam-se ideias, opiniões, afinal quem falha? afinal o porquê de estarmos todos assim? o porquê da descrença de uma geração na escola (já não é apenas nas aulas ou nas disciplinas, é na escola)? o porquê da escola estar a falhar nas dimensões de socialização e integração do individuo na cultura de um todo (afinal um dos seus grandes objetivos)? onde estão soluções, apoios, ajudas, que facilitem e orientam pais/encarregados de educação, docentes, escolas, políticas? houve quem perguntasse, mas que geração é esta? mas que pessoas estamos nós (pais e professores) a preparar e a formar?

coisas e adizeres

lentamente, demasiadamente lento para o que todos esperam, precisam e se deseja, vão surgindo ideias, orientações, perspetivas, isto é, apontamentos sobre o ministro da educação e as suas opções e/ou orientações; ontem, noutro lado , opinei sobre perspetivas de futuro, ao mesmo tempo deu para ler as primeiras iniciativas do senhor ministro; espera-se para desenvolvimentos,

debate sobre resultados

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peguei na estatística da turma da qual sou diretor de turma e projeteia no quadro na aula de oferta complementar; referências gerais, resultados por disciplina - taxas, comparação, resultados, percentagens; acrescentei, feita por mim, análise comparativa entre turmas (referenciando apenas a turma em causa) e o ponto de situação à avaliação intercalar; e agora comentem, digam de sua justiça; e depois pedi uma promessa eleitoral, já que os tempos têm sido e são pródigos nessa coisa, qual o número de níveis 2 com o qual se comprometem para o final deste segundo período; gostei das referências, pertinentes e algumas bastante adequadas, falta saber o nível de compromisso; o tempo o dirá...

sobre resultados

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recebi uma síntese dos resultados escolares por ano letivo; regista-se que a história está referenciada no 5º, 6º e 12º como a disciplina com maior taxa de insucesso; ??????????? considero interessante, senão mesmo algo espetacular; afinal o 7º ano, onde perspetivo uma taxa de insucesso superior a 35%, nem aparece; das duas três, ou os demais anos de escolaridade estão muito mal e/ou piores que o 7º ou há algo que distorce lógicas e números; depois, que propostas apresentar? muitas das causas que identifico não são escolares, são individuais e pessoais, relativas a desinteresse, alheamento, indiferença, falta de sentidos ou objetivos ao trabalho escolar, aquilo que alguns autores apontam como défice emocional - veja-se a interessante referência em j. m. alves ;

lutas que valem a pena

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coisa interessante e que recomendo vivamente, o artigo do p. guinote ; a escola e a sala de aula, valem sempre a pena, apesar de ventos e marés, isto é, de política e gestões, opções e condições; é na sala de aula que nos descobrimos e reinventamos, todos, alunos e docentes, família e sociedade; perder ou minimizar a centralidade da sala de aula é perder o norte;

atitudes e disposições

primeira sessão de trabalho deu para perceber que o primeiro período foi para conhecimento mutuo, fruto de um novo ano, um novo ciclo e novos elementos; hoje deu para perceber que há alunos que querem, pelo menos em discurso, outros resultados, que se espantaram - ou foram espantados - com os obtidos; outros há que, em pleno 7º ano de escolaridade, falam nas explicações como forma de compensar o que habitualmente não fazem; houve quem dissesse que é na explicação que estuda muitíssimo, sinal que sozinhos é bem mais difícil e que não há compensações;

ligações

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retomo o trabalho onde o terminei, com a avaliação que fiz ao primeiro período - incluiu trabalho individual, metodologias e estratégias, o professor, os comportamentos, e outros; para além desta avaliação uma outra leitura que tive oportunidade de fazer em sede de conselhos de turma e de avaliação global; todos os alunos que tiveram nível 2 comigo na disciplina tiveram, no mínimo, 4 ou mais níveis 2 no período; dá passa sossegar? não, dá para perceber oportunidades, vínculos, relações e trabalho do aluno com a disciplina, de um modo geral, e com o trabalho disciplinar, por outro;

retoma

e recomeça-se quase tudo de novo; acabaram-se as festas, termina a pausa de natal, retoma-se o quotidiano; BOM ANO,