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A mostrar mensagens de abril, 2015

indiferença

não sei se é geral, não quero cair em excessos, mas a indiferença grassa por aí; a indiferença não mata, mas mói, devagarinho, subtilmente, de forma insinuosa; nota-se nas conversas da sala de professores, sempre descomprometidas, sempre inócuas; nota-se na participação em seminários e encontros pelo (reduzido) número de inscrições - como se estivéssemos fartos; nota-se pelas posturas que olham de lado e se sentem descomprometidos do que sucede ao nosso lado; nota-se pelo silêncio que grassa nas palavras que não se dizem em comentários que não se fazem, em observações que não se comentam; nota-se pelo silêncio em reuniões, pelas banalidades e vulgaridades que se dizem em conversa de café ou de meros encontros; nota-se pela atenção que o tempo nos merece, como se não houvesse tempo para mais; notas-se nos índices de abstenção que por aí se registam como se não valesse a pena; a indiferença mata

encontros

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mais um encontro desta feita sobre identidades e culturas profissionais com um elenco de luxo e temática a prometer e a condizer; inscrições na página do centro de formação almada forma; vale a pena;

renovação

a escola e a educação (entre uma e outra fica o ensinar) está em constante mutação e transformação; por causas dos públicos, dos objetivos e dos interesses, das preocupações ou das aprendizagens que uns e outros fazem (alunos e professores); sem isso, sem essa transformação quotidiana o ensino e a escola entram em declínio, desuso, tornam-se castigo, descrédito... por terras de frança a reforma, mais uma, é entregue a um sociólogo do trabalho, f. dubet , com o objetivo de renovar não apenas a escola mas o reconhecimento de quem ensina; como? reduzindo a distância entre a escola e os programas, sem promover milagres; e por cá?

Atrocidades

É de um constrangimento atroz ter pela frente uma turma perfeitamente apática, indiferente e alheada ao que se diz, faz ou acontece numa sala de aula; É perfeitamente atroz olhar o olhar daqueles que nos ouvem como se de física quântica se falasse ou fosse o estudo da cosmologia universal a trabalhadores sunitas que vão para o Nepal; Uma turma que me deixa sem palavras, a sentir-me incapaz e impotente, literalmente; Uma atrocidade

Continuação

E agora a vida na minha escola continua; Continua como antes, à procura de paz e sossego; Continua mas diferente, empolgada para saber se há uma candidatura (pelo menos uma quase certa, atenção ao quase), se há duas (se eu alinho ou não na coisa) ou se há mais e afinal as ideias se expressam; Por mim claro sinal de ? Como costumo dizer, o futuro, para os que acreditam, a Deus pertence, mas eu não sou pessoa de fé;

Cessação de funções

Ontem, em reunião de conselho pedagógico, somos informados pelo diretor que solicitou a cessação de funções, aceite com data a partir de 15 de junho; sem ser surpreendente não deixa de ser uma surpresa; invocou razões de saúde, pessoais e de familiar, que são conhecidas de todos e há muito; o cansaço e, mais importante e com toda a humildade, sentir-se a fazer parte de um problema e não da solução; surpreendente pois há muito que se comenta e fala e ele próprio ameaça com a sua demissão; surpresa pois nunca passou disso mesmo, de uma ameaça; agora é oficial; Talvez não tenha sido estratégico, o que o abona, mas foi de lider informar primeiro aqueles que dele dependem diretamente, caso das estruturas presentes em conselho pedagógico e só depois o conselho geral, que será hoje; é de pessoa grande; sai bem; disse eu em pedagógico que deixa marca profunda, em termos pessoais, profissionais e pedagógicos; foram mais de trinta anos à frente da casa; não será fácil a passagem para a reform

Coisas da liberdade (e da responsabilidade)

Mediante o trabalho de projeto que desenvolvo em termos de sala de aula, apoiado na resolução (orientação) por problemas, este terceiro período optei por trabalhar a autonomia do aluno; Dei conta de conteúdos, apresentei regras de trabalho e critérios de avaliação e não defini datas nem sequer um calendário, nada, nem mesmo um ou outro marco; todo o calendário de procedimentos ficou a cargo do aluno, fossem trabalhos,  realização de fichas ou processos de análise; Passadas quase três semanas de aulas deste 3º período: Uns marcaram datas, definiram marcos de orientação - a generalidade não cumpriu - e já se procedeu à sua revisão; Outros, sem datas definidas, optam pela apresentação do trabalho acabado, fora de tempo, caído do céu - também já enquadrados nos critérios de avaliação; Um aluno, há pouco, deu-me conta que é liberdade a mais (sic) e solicitou que lhe indicasse umas quantas datas para que se oriente - ele e outros já foram orientados mediante duas balizas, a do final de

dito e dito e dito

já aqui tinha escrito algo parecido: O diretor é pau para toda a colher dada a multiplicidade de situações que abarca e a enorme complexidade de funções que exerce . já que o assunto volta a baile, por artigo em página do  público , então eu acrescento, antes fosse, pelo menos havia quem lhe pegasse,

de olhos em bico

as notícias dão conta que o mandarim (500 alunos pelos menos, cerca de 20 turmas) se irá espalhar pela escolas; mas isto não fica abaixo dos números máximos de aluno por turma, como tem sido orientada a rede do Alentejo para o próximo ano? será que a minha escola pode criar uma turma de mandarim caso apresente inscrições suficientes para o efeito? desculpem lá, é de rir

Dificuldades e desafios do ensino secundário

Tenho uma turma de artes de ensino secundário que mostra e prova os problemas do interior; A turma é marcada pelo desinteresse, profunda indiferença e rejeição pela área em que está; Na generalidade estão aqui por três ordens de razão: fuga à matemática e/ou ciências, pretenso facilitismo ou exclusão de partes, não queriam nenhuma das ofertas existentes e vieram aqui parar; Resultado, taxas de in sucesso globais a razar os 70 e 80% na diferentes disciplinas, absentismo constrangedor, incapacidade de pais e professores responderem à situação; Existe um claro desfasamento entre ofertas e expetativas; Num pequeno concelho de interior onde é praticamente impossível a existência de uma oferta plena, mesmo no ensino secundário regular, impossível na diversificação de certa ao nível do profissional, como proceder perante expetativas e anseios, gostos e opções de alunos e famílias? Como conciliar o rigor orçamental (limitação de docentes, numero de alunos por turma) com taxas de sucesso?

Da sala de aula

Ainda com pretexto da RTP memória sobre o 25 de abril destaco os cenários das eleições para a assembleia constituinte de 1975; Se há cenários onde decorreram as eleições que são algo incaracterísticos, podem ser tudo ou nada, outros há que mantém a mesma traça e elementos claramente identificativos, como são as salas de aula; Nos apontamentos sobre as eleições de 1975 as escolas e as salas de aula foram - como são hoje ainda - palco privilegiado e central da democracia participativa; ontem como hoje a sala de aula ali está, como sempre, alinhada, cadeira e carteiras, quadro negro ou verde; uma disposição formal e de normalização, ontem como grandemente hoje;

Memória e presente

A RTP memória passa, ao longo do dia coisas e memórias do 25 de abril, desde 1974 a apontamentos sobre as primeiras legislativas em 1975 e apontamentos sobre a revolução - entrevistas, reconstruções - que ajudam a perceber o que e como aconteceu; Passado que é o tempo sobre elas há coisas que sobressaem à vista; Os discursos, o português utilizado ainda não perdeu muito do seu presente; Os atores e protagonistas continuam, hoje, 41 anos depois, grandemente os mesmos; As disposições paternalistas dos líderes mantém-se, como se mantém a subserviência e dependência dos pequeninos; O povo que andou nas ruas ou nas eleições é o mesmo que hoje, em 2015, se abstem, prefere o centro comercial à manifestação, a praia ao voto; Muito coisa mudou, não sei o que mudou por causa unicamente do 25 de abril

entre transmissão e criação

O público de hoje traz um artigo que diz o óbvio; de tal modo óbvio que de quando em vez na escola e nas aulas nos esquecemos disso mesmo; diz ali que, no Estado Novo o afã de transmitir valores, de doutrinar, de disciplinar, de formatar os alunos, a escola (...) se tornou caricata confundindo respeito com medo e transmissão com criação a questão do óbvio passa por nos questionarmos hoje, passados 41 anos de abril, se valorizamos a criação ou a transmissão? se pensamos nos exames ou nos alunos? se cumprimos ordens ou se re criamos sentidos de escola? se, por perdermos o medo, também perdemos o respeito? sem pretextos, sem desculpas ou desculpabilizações...

em vésperas de abril celebrar abril

hoje e sempre, amanhã e depois, dia a dia para não esquecer a necessidade de ultrapassar ideias e banalismos, lugares comuns que conduzam ao esquecimento ou à indiferença fazer e construir abril sem esmorecer

debate - ideias - opiniões - participação

sinceramente, sinceramente, apenas ontem me apercebi que o paulo saiu de cena; lá saberá dos porquês, mas, pessoalmente, considero que é pena; e digo do porquê; nos tempos que correm e estamos a meio da segunda década do século xxi, falta à escola portuguesa (mas não só) participação, debate, ideias, opiniões que se possam trocar para além das meras e simples banalidades; por incrível que possa parecer os blogues sobre educação escasseiam, diminuem, reduzem-se a setores ou temáticas por vezes excessivamente individuais ou particulares; considero que falta debate, espírito questionador sobre nós mesmos; o paulo saíu de cena, é pena, ficamos todos, blogosfera e professores e escola e sistema educativo mais pobres... ou terá saído para ir mais alto e mais longe?????

observação? e depois

na minha escolinha após visita da igec , foram-nos deixadas 4 obrigações, sendo uma delas a pretensa obrigatoriedade de se constituírem pares pedagógicos para observação de aulas uns dos outros; a este propósito e por que no departamento que integro e coordeno não houve voluntários, tive a simpática outorga de incompetente, conivente com reacionários e críticos, ineficaz, incapaz de convencer quem quer que seja, isto é, simplesmente e de forma mais direta incompetente e pronto, coisa que não me desagradou, diga-se; ontem, em final de tarde, ação sobre observação, vantagens, desvantagens, procedimentos, orientações, etc; lá surgem, de forma quase inevitável, as ditas grelhas, matrizes etc mas surgem também os traumas da avaliação docente, as descricionaridades, a mera estupidez de uns quantos; coisas que se espraiam pela escola, que condicionam tudo e todos em particular a nossa paciência

Economia e educação sem ser economia educativa

A partir de blogue fiquei a saber que A. Costa cria uma ligação direta entre economia e educação; De princípio, apenas um franzir de sobrolho, pequenas dúvidas sobre predomínio, preponderância ou mesmo mecanismos de articulação entre um e outro; Se, por princípio, é relação algo incontornável (desenvolvimento e crescimento económico tendo como suporte a educação e a pessoa) já os modos de as levar à prática me deixam sempre algo preocupado; Não vi ali um conceito essencial, flexibilidade, capacidade de organização contextual, mas estão lá os habituais chavões (autonomia, currículo, contexto); Vamos ver como surgem as ideias de escola e de qual o papel dos diferentes atores nesse contexto;

Perguntas

Quase em final de manhã de aulas e estou derreado, cansado; Tenho passado a manhã por entre diferentes turmas e diferentes níveis (do 9º ao 11º) a pedir que mais que respostas saibam fazer perguntas, interrogar não apenas a matéria e os conteúdos que estudamos, mas o tempo em que estamos, as coisas aparentemente mais óbvias e ditas "naturais" ou "normais"; Pôr o aluno a fazer questões, a criar perguntas, mais do que dar respostas que já sabemos e conhecemos, é, para mim, muito mais aliciante e estimulante; perceber que o aluno cria as suas dúvidas, se questiona e questiona o tempo que o rodeia é bem mais interessante que obter respostas pré cozinhadas; Mas dá trabalho e hoje estou cansado... e ainda vou a menos de meio do dia de trabalho; que me aguente, pois claro💪

Delegados e marionetes

Nos tempos que correm tenho de reconhecer e enaltecer o papel dos diretores de escola; Perante as politicas e as ordens que proliferam que nem cogumelos em criador, mais não são que simples delegados locais do ministério, meras marionetes de vontades alheias; Por esta minha região Alentejo conheço poucos com audácia, arrojo ou sequer capacidades de re interpretar (e justificar) normas e regras; mas os tempos e as políticas que temos deixam-lhe ainda menos espaço para o que quer que seja; Ser diretor nos tempos que correm é um desafio, mas também um enorme risco...

abandono

coisa comum, vulgar, algo mesmo ordinária há coisa de 20 atrás o abandono era forma "natural" de criação de turmas de homogeneidade relativa, uniformização de comportamentos e pacificação de comportamentos e relações; hoje o abandono é problema escolar por via de determinações políticas e sociais; e é assim que o abandono deve ser visto, tratado e considerado, um problema social e político para o qual a escola tem e deve dar respostas pedagógicas e escolares; nesta perspetiva as taxas de abandono são hoje na escola elementos identificadores de até quanto e de que forma os instrumentos escolares utilizados surtem efeito, mobilizam interesses, são eficazes ou eficientes na sua atuação; pelo meu lado e pela minha escola pouco eficazes ou mesmo nada, o abandono continua a crescer, e o pessoal a assistir...

balanço

terminado que foi o seminário o lugar da escola, resta-me fazer um balanço e perceber para que lado pende o haver ou o dever de mais um, talvez no próximo ano; talvez... em jeito de balanço direi que sou manifestamente suspeito, estive dentro e embrenhado na coisa; mas não enjeito comentário balanceado entre o deve e o haver da coisa, mais não seja em forma de (auto)reflexão; Assim pouca gente, eram poucos os inscritos (pelo menos para as expetativas) foram menos ainda os participantes - é mesmo a única coisa menos boa que registo; é certo que houve aqueles comentários muito típicos sobre o afastamento dos profes universitários, como se tivessem aterrado diretamente oriundos de marte; é díficil, manifestamente dificil fazer entender, como foi dito - e bem - por assistente no seminário, que não há teoria sem prática, nem prática sem teoria - mas é engraçado ver os profes do básico/secundário a criarem as (suas próprias) distâncias; quando chamados a falar, a dizer a sua própria

das aulas - mas não só

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a sala de aula é um ponto de confluência de quase tudo o que é a sociedade e aqueles que são os contextos de quem lá está; seja o que for, ali, na sala de aula, se encontra e confronta, desde lógicas profissionais a orientações sociais, sonhos e pesadelos, expetativas e anseios, coisas boas e menos boas, a crise ou os desejos de futuro, tudo, mas mesmo tudo, está na sala de aula, no conjunto de pessoas que ali estão; umas vezes de forma mais clara, evidente e óbvia outras nem tanto; para que não se diga que não se sabia, deixo excerto do editorial de hoje do correio da manhã , apenas para saber ao que iremos nas próximas legislativas (por muito que uns teimem em discutir as presidenciais - como se o presidente, por ser a figura de topo, até tivesse poderes ou capacidades de interferir na vida e no quotidiano de cada um de nós, não tem, ponto); temos, em particular na área da educação, ao que vamos, o que queremos e o que dirão sobre este mundo que todos diz respeito;  

autonomia V responsabilidade

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habitualmente os profes dizem que os alunos não são autónomos, que não têm autonomia, que não sabem estudar ou fazer por si um trabalho - o que é verdade; na generalidade parte-se do pressuposto que os alunos devem ser autónomos por si, transportar essa competência e depois, quando solicitados, exerce-la - a maior parte dos profes assim o espera; as coisas ficam assim,, em mundos algo separados, cada qual do seu lado; parto da permissa que o aluno não é autónomo, que tem de aprender a ser, coisa que o trabalho escolar raramente incentiva ou promove; mas, depois, há as reações; os profes têm receio da autonomia do aluno, que descambe em independência e em cada um por si, o receio de perder o controlo do processo de diferenciação que se promove; o aluno, por seu lado, sente a falta dos limites exteriormente definidos e impostos, do trabalho feito (desculpem lá as sensibilidades, mas como o meu câo que quando o liberto da trela permanece no mesmo sítio porque não sabe agir de out

(in)disciplina

uma das (muitas) ideias que irá percorrer este meu cantinho refere-se à disciplina - mesmo que por vezes encarada na sua dimensão contrária, isto é, a indisciplina; não tenha eu partido para a minha tese por esta perspetiva de abordagem; não sejam os comportamentos dos alunos a minha grande questão de atenção e criação de sentidos ao trabalho escolar; não seja a relação entre comportamentos dos alunos e comportamentos dos professores que me permita perceber relações e dinâmicas de sala de aula; não seja a questão dos comportamentos escolares que me permita perspetivar as relações de poder que se estabelecem entre a escola e o contexto (social, político e cognitivo), ou entre quem manda e quem deve obedecer; não há soluções , apenas perspetivas, mas há algumas bem interessantes , em particular pela sua manifesta simplicidade;

regras e a escola

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não escrevo sobre regras e escola ou as regras da escola ou como a escola define - quando não determina - as regras sociais e políticas, a relação entre governo e governados, entre quem manda e quem é mandado e como essas relações se instituem na escola e condicionam o trabalho em sala de aula; falo de um sítio que, pela sua pluralidade e polivalência temática, mais me tem despertado para a coisa educativa - e não só; a forma como abordam a escola (e não só) é manifestamente irreverente e obriga-nos a pensar e ver as mesmas coisas de modo diferente, sob diferentes perspetivas; um sítio que justifica a internet e os desafios que ela nos lança;

Cansado mas satisfeito

Dia comprido Feito de atenção, concentração De resposta a pessoas, colegas, amigos, convidados Cansado mas satisfeitinho pela forma como correu o dia e pelo modo começou os participantes comentaram o primeiro, de dois dias, de seminário Valeu a pena A escola vale a pena

e o lugar do professor

amanhã e sábado, por vendas novas, ir-se-á perguntar e trocar ideias sobre o lugar da escola; daqui deste meu cantinho pergunto eu, e o lugar do professor? os desafios diferem e divergem entre todos; os interesses e os objetivos colocados perante o trabalho do professor, também; de há quase 10 anos a esta parte os professores têm sido remetidos à consideração de funcionários públicos, uns como outros; é bom?, é mau? e os profes como se vêem a eles mesmos? como olham o parceiro e os pares? como analisam a sua profissão, os seus objetivos, as suas funções? que lugar concebem, definem ou delimitam ao profe

o lugar da escola

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na próxima sexta feira e sábado o departamento da qual sou coordenador no meu agrupamento, o de ciências sociais e humanas, organiza um seminário que está a gerar em mim mesmo alguma expetativa; é denominado o lugar da escola, território, conhecimento e políticas e a propósito dos teips - territórios educativos de intervenção prioritária - ir-se-á falar desta relação que considero, cada vez mais, determinante, escola e território, como se influenciam, como interferem e se condicionam; será que interferem entre um e outro? se sim, como, se não porquê? como se olham e se perspetivam um e outro? a partir da sala de aula, a partir do conselho geral, a partir das ofertas, ou simplesmente de quem a frequenta ou simplesmente de quem em tempos a frequentou?

os vivos aparecem

diz o povo, e eu repito, que quem é vivo sempre aparece; considero que nada de anormal existe na afirmação, pior seria se os mortos também aparecessem; pois bem, ou não, regresso a um sítio que nunca alimentei pois pouco depois de o ter criado saí da escola e das aulas e não se justificava; considero que hoje se volta a justificar mantenho um pouco dos objetivos e das preocupações que ditaram a posta primeira (e até ao momento única) deste sítio, a de partilhar ideias e coisas com pais, alunos, colegas docentes e outros curioss sobre as aulas, a escola, as moengas - boas e más - do trabalho docente; acrescento que é um ponto de vista, o meu, sectário, pessoal, individual, pois sou professor, mas também sou pai, também tenho interesses na escola e na educação; vamos ver como corr