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A mostrar mensagens de outubro, 2016

que pena

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a minha escola mudou da plataforma google para o office 365;  isto porque se procura dar cumprimento às ações de melhoria identificadas no relatório de autoavaliação do Agrupamento, designadamente no que se refere ao plano de comunicação e ao envolvimento da comunidade educativa na vida escolar

resignação

ou será mesmo uma questão do destino? faço a avaliação intercalar àquela que é a minha direção de turma; pergunto aos alunos qual a nota que teriam se o período acabasse na próxima sexta feira; por disciplina; lá respondem; pergunto depois qual a nota para a qual irão trabalhar no final do período; e eles respondem; terceira questão, e a nota para a qual irão trabalhar no final do ano letivo; e eles respondem; e eu reparo que há, na generalidade dos alunos, uma certa resignação, isto é, e particularmente àqueles que apontam notas baixas a nota que afirmam para este momento é a nota que apontam para o final do ano letivo, em algumas disciplinas os níveis dois são abundantes, mas não perspetivam alterações, como se não existissem alternativa, como se não houvesse volta a dar; como se fosse o destino; é mesmo uma resignação que entra na cabeça do pessoal e faz com que se aceite que não existem alternativas; será que esta situação explica a política nacional, não há vol

uma brincadeira

destinada ao espaço do ComRegras que hoje, por razões alheias, se fica por aqui: No final da semana passada um miúdo do 5º ou 6º ano, isto é, entre os 10 e os 12 anos, foi apanhado com uma pistola feita por ele. Palitos, paus de gelado, alguns fósforos e um elástico. Faria inveja a muitos terroristas que procuram passar com armas pelo controlo de um qualquer aeroporto. Apanhado em flagrante, a fazer pontaria a uma colega, foi-lhe apreendida a arma, levado ao coordenador de estabelecimento e feita participação ao diretor de turma, para além de comunicação ao respetivo encarregado de educação. Esta situação desencadeou um significativo conjunto de comentários na sala de professores. Na generalidade comentavam a habilidade do miúdo, a sua capacidade inventiva. Ao mesmo tempo destacavam o perigo que era, o risco que se corria. No global dos comentários era este último que se destacava, o risco, o perigo, e se feria alguém? Se magoava algum colega? Se atingia uma vista? Mas houve muitos q

faltas

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quem pensar que a falta de auxiliares de ação educativa afeta apenas a limpeza está redondamente enganado; a falta destes elementos torna os comportamentos um alvoroço; já ontem o escrevi noutro lado , mas a ausência de um controlo por corredores e pátios faz com que os ânimos e o frenesim do intervalo se prolongue para dentro da sala de aula; este é um dos fatores que faz com que os comportamentos andem mais efervescentes, buliçosos e a dinâmica de sala de aula de mais difícil controlo; para o professor uma proposta de remediação , que controle a entrada dos alunos na sala de aula, evitando-se o alvoroço, a algazarra, a confusão; ao controlar a entrada em sala de aula, está a criar, pela imposição de uma regra sua, a diferenciação de comportamentos entre o corredor e a sala de aula; não é solução, mas pode remediar...

difícil é entender

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  ou, melhor dito, fazer entender que a profissão de professor não é pêra doce, acarreta elevado desgaste, consomem-se emoções e afetos e, às páginas tantas, uma pessoa (um professor) fica seco; numa mesma manhã duas notícias sobre comportamentos e indisciplina, uma na perspetiva do aluno, no público , outra na perspetiva dos professores, no jn ; a tomar-se como perspetiva, sendo eu docente com mais de 50 anos de idade, direi duas coisas (uma no cravo outra na ferradura); sinto uma maior flexibilidade na procura de alternativas que mobilizem o aluno para a disciplina e para o trabalho na escola e em sala de aula; consigo identificar e aplicar mais estratégias, mais ferramentas e mais diversificadas; tenho muito menos paciência para criancices, para o desinteresse, para a falta de educação, para a ausência de pais, para o trabalho isolado;

uma questão

de custo ou de valor? qual delas aquela em que se baseia o problema da educação, de um modo geral, e da escola pública portuguesa? o governo disponibilizou um sítio com as opções orçamentais; interessante pela falta de hábito, pela pretensa transparência, pela aparente proximidade definida entre governo e governados; para mim, que nada percebo de números, faltam as tabelas com os ditos euros, onde se gasta, o que custam essas opções, onde se aplicam; mas é um caminho; contudo, tenho de perguntar, o problema da escola resolve-se com dinheiro ? se assim for, o problema é de custo; ou passa por uma outra gestão e organização do que temos, das nossas opções nacionais e locais? se assim for é uma questão de valor; mais, será que os custos associados à educação conseguem produzir valores ? ou serão os valores da educação que promovem custos? nomeadamente e por exemplo, do trabalho, da produção, da inovação? e por que não para além das opções de política, isto é, das escolhas qu

discriminação

o estudo dá conta de uma das muitas e diferentes formas de discriminação educativa e escolar; e, pergunto eu, sobre aquelas formas de discriminação local e regional? que impacto tem na vida de um aluno ser de freguesia urbana ou rural ? até que ponto a diferença de origens (rural ou urbano) se reflete no rendimento escolar, nos percursos de cada aluno? até que ponto o princípio de continuidade pedagógica (manter as turmas juntas praticamente desde o pré escolar) não serve também como mecanismos discriminatório, quebrando, dessa forma, o princípio da integração e socialização que a escola definiu desde sempre ? até que ponto a criação de ofertas não regulares não se constitui como forma de criação de guetos escolares e educativos? como aconteceu no passado recente na criação dos chamados bairros sociais? também por questões de diferenciação entre o urbano e o rural?

coletivo individual

ou individualmente coletivo e não procuro brincar com as palavras, antes com a minha profissão; ser professor é uma profissão que é exercida sempre em grupo ou perante grupos - independentemente das idades que temos pela frente; mas é também uma profissão que é exercida na solidão da sua preparação, organização e planeamento; enquanto professores somos tudo e o seu contrário, os melhores de todos, conheço muito poucos professores que não se classifiquem de, pelo menos, muito bom - e disputam com afinco o excelente; mas também somos os piores, aqueles que desanimam mais facilmente, que vão abaixo por que um aluno não nos ouve, não nos obedece ou simplesmente por que não gosta de nós; imagine-se então um professor que, sem mais do que aquela preparação que teve para gerir turmas ditas "regulares" e dentro da média que é possível por aquilo que a normalidade dita, enfrentar situações extremas; aquelas em que os humores variam como se andassem numa montanha russa;

um nobel que diz (quase) tudo

tudo se lê sobre o nobel da literatura ; como se fosse uma surpresa... destaco uma síntese de miguel esteves cardoso : Dantes toda a literatura se dividia em categoriazinhas de merda – canções, contos, ensaios, reportagens, ficções, peças teatrais, poesia. O júri do Nobel tem feito o enorme favor de voltar a confundir tudo.  e a escola e a sala de aula podem continuar na mesma, a ignorar este tempo, este mundo e estes modos? como se traduz hoje a sala de aula e a escola perante esta reconfiguração dos modos de entender a literatura, a arte e a cultura do nosso tempo? na página do facebook do grupo da disciplina já dei música aos alunos, afinal, é de história que se trata;

conteúdos e conteúdos

ontem, em contexto de sala de aula, apercebi-me do que é exigido que um aluno saiba; estamos, professores mas não só, preocupados em encher os alunos com conteúdos, conceitos, ideias, tudo material importante e que, quando nos é solicitado para gerir, seja currículo ou programa, consideramos que tudo é importante; e estaremos nós preocupados em ajudar o aluno a pensar? estaremos nós, professores e políticas educativas, a facultar ao aluno condições para que se fomente o pensamento crítico? estaremos nós a formar gerações com condições e capacidades de interpretar e analisar a realidade que nos é mostrada? ou será que andamos preocupados, excessivamente preocupados, em que os alunos saibam isto e aquilo, decorem isto e o outro, façam teste e mais teste?

sobre o sucesso do sucesso

excelente nota esta ; a ler devagar; a partir do texto do zé morgado e na sequência de uma ideia de uma colega, o local é a maternidade e o cemitério das políticas educativas ; não há volta a dar; é no local que se descobre o caminho marítimo para as Índias, isto é, que se identificam as soluções para aqueles (e não outros) problemas, é, em face de um local (feito de gente, histórias, culturas, ideias, valores, vontades ou falta delas) que as políticas, sejam elas quais forem, ganham corpo ou se espraiam como as ondas terminam na areia da praia; é no local que se identificam práticas interessantes, por vezes agradavelmente desconcertantes; mas é também no local que abrimos as covas onde enterramos sonhos e vontades, orientações e implicações; mas é do local, por via de ser maternidade e cemitério, que todos receiam, recusam e temem; quando o local ganhar forma e força não há quem o segure, nem o local chamado portugal; e é simples, basta assumir as responsabilidades

sobre a centralidade

do aluno ou do professor; se eu disser que quase todo o mundo diz que a centralidade do aluno é fundamental na escola e na educação, estou certo que a maioria concordará comigo; se eu disser que pretensa e teoricamente o pessoal se organiza tendo em vista a centralidade do aluno, penso que a generalidade concordará comigo; agora se eu disser que poucos o fazem, o mais certo é a maioria franzir o sobrolho; um exemplo, prático sobre quem é o centro efetivo da sala de aula; uma aula normal, regular; batem à porta e o que acontece? o que sucede? de forma simplista uma de duas situações, a aula pára ou a aula continua, se pára a centralidade é do professor, se continua a centralidade é do aluno, simples e prático;

sobre o currículo

o governo quer alterar o currículo e deixar os programas como estão; boa, fazem uma clara distinção entre programa e currículo, interessante, mas há muito boa gente que não entende essa diferença, que mistura programa e currículo como se fosse a mesma coisa; não sendo a mesma coisa e concordando eu genericamente com a ideia/intenção, então corta-se onde???? tempos das disciplinas? boa, quais??? nas disciplinas? certo, as de complemento do currículo? então onde fica a oferta local? não seria mais fácil o ministério definir a componente nacional e comum e o local organizar-se? não seria mais interessante o nacional definir o tal perfil do aluno e as escolas organizarem-se para lhe dar resposta e nele, eventualmente, se enquadrarem?

não chumbem

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os alunos chumbem as políticas, é o que me apetece dizer da manchete do jornal I ; é nestas (e noutras) que a esquerda educativa se perde, na língua, pela boca; foi um governo de extrema direita, onde o ministério da educação estava entregue a n. crato, que criou, para todos os efeitos, a passagem administrativa; os meninos andavam pelos vocacionais e a nota mínima era 10 - sem apelo nem agravo; tinham menos que isso e era o professor que se desunhava até que o menino conseguisse obter a nota mínima; ninguém disse nada, não vi comentários, o povo comeu e calou; afinal, a exigência é coisa da direita educativa; agora, ai jasus, que ao falar para que os meninos não chumbem, cai o carmo e a trindade, lá se volta ao laxismo, ao facilitismo, ao deus dará de uma geração perdida; e nas escolas não se discute a coisa? qual a posição dos docentes nas escolas? e dos seus órgãos de gestão? afinal o pessoal está na escola, qual funcionário público, para obedecer e não reclamar? cum

opções locais

consequências individuais; fruto de escolhas nem sempre pensadas a não ser à pressa; a criação de cursos de educação formação, vocacionais e mesmo muitos dos cursos profissionais, resultam de uma tentativa (local) de limpar as turmas de alunos desinteressados, desmotivados, indiferentes, alheados ou mal educados; são opções que as políticas educativas colocam ao local e que este assume, muitas das vezes sem ponderar consequências, sem equacionar impactos; o que antes era mau de gerir torna-se caótico o que antes, no regular, era indisciplina, torna-se, nestas ofertas não regulares, violência pura e simples; o que antes eram casos de insubordinação tornam-se casos de confrontação; e os poderes locais (diretores, conselho pedagógico e/ou geral) continuam impávidos e serenos, como se nada tivessem a ver com a coisa, como se não fosse com eles; os conselhos municipais de educação dizem que é problema da escola e lavam daí as mãos; pensar mecanismos de apoio aos docentes,

avaliação por trabalhos

o filho deu início ao seu segundo ciclo de estudos superiores, o chamado mestrado; universidade de lisboa, que carregar copos não pode ser por muito tempo; primeiras ideias e primeiras orientações; bibliografias, organização e funcionamento do curso e sistema de avaliação, avaliação com base em trabalhos não há testes e perguntam-me como é que eu, no ensino básico, consigo avaliar por trabalhos? será que aqueles senhores, do superior, estarão enganados? não lhes faltará o rigor do teste? não terão objetividade no juízo de avaliação? ou será que no superior se pode e no básico, por que é básico, não se pode?

dos melhores do mundo

encontrei um apontamento retirado de sítio do world economic forum que se questionava como é que Portugal, pequeno país, com dez milhões de habitantes tinha produzido tanto lider e tanta gente de renome mundial? e apresenta exemplos, desde mário soares, a antónio guterres, passando por freitas do amaral e durão barroso, ou rosa mota e carlos lopes e não referiram eles josé mourinho ou cristiano ronaldo; e aponta 4 razões: a história recente de saída de uma ditadura e abertura que isso permitiu; o sistema de governo , semi presidencialista e de base parlamentar, que incentiva a discussão e o debate político, mesmo na rua; por sermos pequenos sempre fomos neutrais e com os pés nos 5 continentes ; e a aposta na educação que permitiu que nos últimos 20 anos tivesse sido o país que mais cresceu em número de doutorados; será que só os outros conseguem ver coisas boas em nós?

experiências

criei um grupo fechado no facebook (referenciei apenas dois alunos que ali não estão e, até ao momento já vou com mais de metade dos alunos inscritos - tenho como objetivo os 2/3) para partilhar coisas com as turmas, ali tenho lançado algumas questões, antecipo conteúdos, suscito dúvidas, lanço perguntas (umas abertas outras de sim ou não), faço sondagens, coloco imagens; isto é, utilizo a lógica facebook para complementar a dinâmica das aulas, levar os alunos a pensar (conteúdos, propostas, trabalho); e considero que a coisa tem resultado (cá está a diferença entre teimosia, sem dados nem elementos que sustentem uma posição, e a resiliência, retirar ilações da prática); o grande objetivo é o de envolver e implicar o aluno na sua prática escolar, no seu trabalho com a disciplina; utilizar meios e redes sociais para fomentar estas relações; a manter e a ver onde irá dar...

o tempo e o modo

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ontem destaquei esta imagem para me interrogar como é que um concelho se pode afirmar na defesa cultural com taxas de abandono e insucesso como as que tem?, como se formam públicos iletratos? há coisas que eu não entendo, mas sou eu; hoje utilizo a mesma imagem para dar conta das diferenças entre os anos 70 do século passado e o tempo atual; um(a) professor(a), central na imagem, um quadro e giz, escrita e apontamentos, certamente que conversa, costas com o grupo de ouvintes; os "alunos" são espetadores, ouvintes, não participam no processo a não ser pela sua presença; passaram mais de 40 anos, o modelo persiste; justifica-se?

não há cultura que aguente

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no hal de entrada da minha escola a câmara municipal local tem uma exposição a assinalar os 40 anos da constituição; lá se destacam as lutas e os sacrifícios e as descobertas que marcaram um tempo; lá está um ecrã gigantão a dar conta das dimensões culturais do concelho - as exposições, a música, o bailado, conquistas de abril; no contexto da exposição destaco um pequeno apontamento sobre o que foi, naquele concelho, o processo de alfabetização, levado a cabo por dezenas de pessoas logo após o 25 de abril de 1974; as turmas cheias, o olhar entusiasmado, o empenho que se nota naquele momento; pois, foi há 40 anos atrás, hoje, este mesmo concelho padece de taxas de insucesso e abandono escolar que marcarão uma geração e faz-se o quê? olha-se o passado pela ação que foi feita, e, neste presente, olha-se para o lado dizendo que a responsabilidade pelo insucesso é de outros; como será a cultura do insucesso, do abandono? como se formarão públicos para aquela oferta que a

teimosia ou resiliência

uma das duas tem de fazer parte da bagagem de um docente; não se alteram práticas, modelos ou concepções só por que sim; há que perceber vantagens, fazer contas (muitas das vezes meramente simbólicas, afetivas), perceber o que implica mudar; tenho, por hábito, escrever o que penso, fazer a análise do meu trabalho - enviesada em mim mesmo, mas faço, procuro fazer o meu próprio balanço, o que considero que correu bem ou menos bem, as implicações, os resultados, as dinâmicas, o envolvimento, os comportamentos, os conceitos e os conteúdos; é dentro desta análise que faço, que considero que não posso desistir na primeira curva, que devo procurar alternativas, que há sempre mais que uma maneira de esfolar o bicho; por isso persisto e insisto; de quando em vez fico sem perceber que não desisto por mera teimosia, não sei se estou certo ou se errado, mas insisto, nem que seja para ir mais à frente perceber resultados, implicações, consequências; outras vezes sei que tenho de per

surpresas

de quando em vez acontecem, e ainda bem, e, ainda bem, que algumas boas; no lançamento de conteúdos coloquei uma sondagem à turmas - via página fechada do facebook); entre as diferentes questões colocadas uma era aparentemente simples, somos, nós, os portugueses, ótimista ou pessimistas? imaginam a resposta? de todos os que responderam mais de 80% afirmou que somos ... ótimistas ; para mim foi surpresa; boa...

obrigado professor

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lembro-me da maior parte dos meus professores, de muitos deles; desde a então escola primária, a minha professora Gertrudes Caeiro, de quem levei reguadas até mais não, de muitos dos professores do 2º ciclo, apesar de não recordar os seus nomes, daqueles que me acompanharam no 3º e que prolongaram pelo secundário, César Cardoso, Cândida Pinto, o Zé Grandela, Madalena Pimental, Celeste Carvalhal, João Leitão (foi meu professor no 2CEB, de educação física, e no secundário, de História), a Maria, Vitor Caeiro, ou e por que me marcaram na escolha que fiz de vida em seguir História, Afonso Henriques Carvalho ou Celestino David, há uns quantos mais que recordo com saudade e carinho, mas que não lembro o nome; ena tantos que me aturaram; e sei que não fui fácil de aturar; todos eles me marcaram, cada qual com as suas caraterísticas, com a sua pessoa, com as suas disciplinas, com a sua forma de ensinar; mas há um que digo à boca cheia que foi o professor que mais me marcou, d

trabalhar na sala de aula

trabalho com base na metodologia de projeto; é apresentado um tema, definida uma questão de orientação e há que organizar o trabalho; uma das dificuldades que tenho sentido é convencer os alunos que é na sala de aula que se trabalha, que se desenvolvem as tarefas; a centralidade é toda do aluno - não faço exposição de conteúdos, nem de matéria; é o aluno, em grupo, que se organiza para responder àquela que foi a questão de orientação; fora da sala de aula, seja em casa ou noutro qualquer lugar, é para outras coisas; mas considero engraçado que fora das "aulas" ditas de grupo, tipo visual ou tecnológica, o pessoal não considera a sala de aula como local de trabalho; é difícil, mas eu sou teimoso...

sobre a vontade

tenho de reconhecer que, de quando em vez, fico sem vontadinha nenhuma de escrever; nem por aqui nem por lado nenhum; fico sem saber se é falta de ideias, ausência de motivos ou inexistência de pretextos, ou uma qualquer simplicidade decorrente do cansaço; será faltas de ideias, de temas, de assunto que possa trazer para este canto? nem sei sei que às vezes não tenho vontadinha nenhuma de escrever...

obrigatoriedade interessante

as escolas, muito por via dos programas de promoção do sucesso, estão "obrigadas" a formação; coisa interessante, pelo menos calhou-me a organização de uma ação que se organiza para entre janeiro e maio; há obrigatoriedades que, de outro modo, passariam ao lado;

por aí

noto na minha escola e por aí (o que me preocupa mais) um certo cansaço; as conversas, o estado de espírito, a paciência está num ponto que mais parece que estamos no final do ano letivo e não apenas na sua terceira semana; direi que é preocupante, pois as dinâmicas de aulas e de escola requerem paciência, disponibilidade; não acredito em cansaço, direi que é mais um desânimo, uma certa despaixão, um esmorecimento de sentimentos e afetos; continuam muitos a dizer que o melhor são os alunos e as aulas, muitos apenas para se iludirem disso mesmo, do stresse de turmas e de alunos muitas vezes desinteressados, alheados, indiferentes; só mesmo para o profe é que ainda existe algum ânimo nas aulas, no aluno, mas, para uma relação, são preciso pelo menos dois e tem faltado um...