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A mostrar mensagens de junho, 2016

do calor

que me seja permitida a divergência temática a este meu cantinho; dedicado a questões de sala de aula (desde dinâmicas a relações ou pressupostos) e tendo como pano de fundo a escola e a educação, no período de verão, pausa escolar, avançarei por outros temas, abordarei outras questões, escreverei sobre outros assuntos; é uma questão de calor, de cansaço, mas também de pausa; não quero cansar em demasia os passantes, mas deixarei apontamentos com a irregularidade que a vontade me permita...

coisas do sucesso

ou da falta dele direi que me sinto algo entalado; entre, de um lado, convições e ideias de escola e da sua organização e do outro pressupostos e orientações de trabalho e da ação docente; escrevi numa última entrada as estratégias de promoção do sucesso vão recair sobre o trabalho dos professores, esta uma pequena grande divergência com o chefe de missão; divergência por que considero que deviam incidir em questões de organização escolar e letiva (coisa que sei que o senhor chefe de missão concordaria comigo) - mas estas notícias  desmentem e contradizem em absoluto; o que as opções e orientações definem, de um lado, e as medidas de política fazem mais não é que mostrar, uma vez mais, a desconfiança que o poder central tem relativamente aos seus funcionários; e aqui o meu entalanço; é que sei que uns e outros têm razão; afinal, se não existirem orientações muitos dos seus funcionários ficam se não desorientados pelo menos inativos, expectantes; do outro, sei e t

de saída

a quase certa saída da GB da UE mostra que algumas das políticas definidas, assumidas e implementadas ao longo dos últimos 30/40 anos falharam redondamente; aquando da minha tese tive oportunidade de perceber como as medidas de política europeia foram as primeiras a entrar na escola, decorria ainda a década de 80 do século passado; na década seguinte então foi o auge das medidas de sensibilização europeias na escola; eram projetos para quase tudo, iniciativas sobre tudo; programas sobre isto e sobre aquilo; não menos interessante esta aposta na escola era liderada e assumida pelo então instituto português da juventude; isto é, foi notória a opção da então comunidade europeia apostar na sensibilização dos jovens, esses mesmos que hoje no reino unido optam por sair; dupla leitura, as medidas falharam por que um vasto conjunto de pessoas sente que a UE nada lhes diz, que é impedimento e não possibilidade; a escola forma pessoas para a autonomia de açao e pensamento e quand

promoção do sucesso

estão abertas as candidaturas para que as escolas apresentem projetos de promoção do sucesso escolar  (até 11 de julho); que a proposta é perfeita? não senhor, não é; que as opções, os critérios que definem regras e "impõem" procedimentos às escolas podiam ser outros? é verdade, podiam e, em algumas situações, deviam ser outros; apesar de ter aqui pano para longa conversa e amena cavaqueira com o chefe de missão, direi que é o que temos; contudo e a despeito do que é esse projeto ou do que pode vir a ser, por onde ando nada se ouve, nada se diz, em nada os profes são chamados a participar, até ao momento ninguém perguntou qual a opinião deste ou daquele, seja por perfil ou por experiência ou por sei lá, quais os contributos deste ou daquele, que pode um diretor de turma propor, ou um coordenador disto ou daquilo; se calhar é por que ainda falta muito tempo para a data de entrega e, há boa maneira tuga, tudo fica para o fim; se calhar é por que já perguntaram a que

depois de um manifesto

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juntou-se um largo conjunto de pessoas em redor de 15 blogues da educação, para subscrever uma posição comum e conjunta; posição se não inédita pelo menos muito pouco comum, que leva as pessoas a questionarem-se mutuamente sobre e agora...? e agora o sururu que faz com que a escola e a educação estejam nas primeiras capas ir-se-á esbater significativamente, entramos na silly season e o resto pouco importa - a não ser banhos, descanso, lourinhas espumosas e...; mas seria e será interessante perspetivar o que será capaz de resultar da conjugação de esforços que têm duas particularidades: é assumido por pessoas muito diferentes (em termos de sensibilidade política e partidária, de experiências e vivências, de ideias de escola), como é e por outro lado, assumido à revelia de grupos organizados (sejam eles socio profissionais, sindicais, partidários ou outros); e agora, depois do manifesto

notas de final de um ano

no final de quase todos os anos letivos não me deixo de surpreender pelo papel que os papeis, grelhas ou outros, referentes às medidas de promoção do sucesso, fazem perante aqueles que visam; habitualmente são preenchidos no final do 1º período, por via do número de níveis inferiores a três que os alunos obtêm; por onde tenho andado, consistem em colocar cruzes nas pretensas dificuldades do aluno e mais cruzes nas medidas de apoio propostas (algumas nem funcionam); mais cruz menos cruz tudo é igual para todos, uniforme a todos (fazendo-me lembrar os comprimidos que nos davam na tropa, eram os mesmos, independentemente das queixas); são papeis, nunca consegui perceber qual a sua finalidade - a não ser aquela mesma de impingirem aos docentes formas de pensar na/a sua ação; na generalidade são preenchidos qual totobola, mais conversa menos conversa, mas sem grande rigor nem preocupação - que vá além da administrativa; o certo é que, mais cruz menos cruz, dão um resultadão; ele é ver

Pela Escola pública

Enquanto membros da comunidade educativa e autores de diversos blogues de educação, temos opiniões livres e diversificadas.  Porém, a Escola Pública, sendo um pilar social, merece o nosso esforço para nos unirmos no essencial . Este manifesto é uma tomada de posição pela valorização e defesa da Escola Pública. A   Constituição da República Portuguesa   explicita o quadro de princípios em que o Estado, como detentor do poder que advém dos cidadãos, tem de atuar em matéria educativa. O desinvestimento verificado nos últimos anos, bem como a deriva de políticas educativas, em matérias como a gestão de recursos humanos ou a organização e funcionamento das escolas e agrupamentos, tem ameaçado seriamente a qualidade de resposta da Escola Pública. Importa por isso centrar o debate público nos seus fundamentos: Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito e estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino; Considerando o nível de desigualdade s

Pela Escola Pública

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estamos juntos?

trabalho de projeto

trabalhar por projeto numa disciplina teórica, como é o caso da história, levanta, ao início, dúvidas, suspeições, desconfianças, olhares contrários; desenvolver uma metodologia em que se dá total e integral confiança (mediante orientação, nunca independência) ao aluno no seu trabalho e na sua aprendizagem leva todos os outros a desconfiar, a ter dúvidas quanto a resultados, a ser relutante quanto ao processo; depois, no final, quando se percebe como funcionou e como se avaliou é bom, gratificante, recompensador ouvir os comentários, perceber os agradecimentos; então se são oriundos daqueles que mais desconfiaram então a coisa sabe ainda melhor;

e pronto

segundo balanço, das turmas gostei (e gostei mesmo) de perceber os receios e a aceitação posterior face ao uma metodologia de trabalho por projeto; do envolvimento e da implicação da generalidade do pessoal (alunos); dos resultados, apesar de tudo, acabaram por ser (algo) positivos; de descobrir curiosidades e cumplicidades por parte de colegas em conselhos de turma; de (re)descobrir uma escola (agora agrupamento) e de aproveitar circunstâncias e contextos para aprender um pouco mais e fazer um pouco melhor; não gostei de idiotas e parvos que têm a mania de se designarem de profes - estão convencidos, mas não o são; de ter ter dado níveis dois - há muito que não dava meia dúzia de níveis dois como aconteceu este ano - por dificuldade minha em identificar uma ponta por onde pudesse puxar pelo aluno; de sentir professores presos a grelhas, inflexíveis, intolerantes, dando cabo daquilo que são, professores - por que há bons professores (e profissionais) que se perdem

coisas

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e mais coisas que por aí andam e que são interessantes, estimulantes e desafiantes; se estivesse no facebook colocaria uma daquelas carantonhas a dar conta que estou entusiasmado; agora dei com uma página , oficial e institucional, que se pode revelar um mimo para a escola, para o trabalho docente, para o que conseguirmos fazer; passem por lá e digam que estou errado, vá digam lá...

mais

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do mesmo, para os mesmos de sempre; coisas que despertam apetite e curiosidade; curiosidades que se partilham por aí, que nos são dadas a descobrir; e nós preocupados com o nosso cantinho;

um balanço

o ano termina, em termos letivos, prolonga-se apenas por exames e rotinas típicas de um final de ano letivo; em termos de balanço, noutros lados já escrevi algo mais, gostei :) da experiência do cqep, poderão dar origem a trabalho que designo de autobiografias do insucesso - um prazer, um gosto e um encanto ler histórias na primeira pessoa, perceber o que foram os tempos e os contextos, os modos e as modas - perceber o que não mudou num contexto e numa relação (a das pessoas com a escola); de conhecer e desenvolver mais e melhor a minha metodologia de trabalho (de projeto); arrisquei algumas experiências, a introdução de outros dispositivos, de ganhar as turmas depois das hesitações e desconfianças iniciais - e tenho pena de não ter resultados para mais, alguns bem mereciam; de me sentir confrontado com os alunos do vocacional; de perceber que o que faço terá, algures, um qualquer sentido, por vezes rebuscado, outras nem tanto; a partir dos cursos de vocacional, que me sinto

um diário

últimos dias da primeira semana do meu curso on line sobre project based learning (PBL); direi, tal como já coloquei no meu diário - learning diaqy - que percebi que tenho de melhorar e treinar o meu inglês; estou habituado a ler não a escrever e a pensar em inglês, traz novos desafios que devem ser assim mesmo entendidos, como desafios; fiquei surpreso pela quantidade de gente que participa literalmente dos 4 cantos da europa, com diferentes (por vezes muito diferentes) backgrounds (sejam eles profissionais, sociais ou culturais) mas onde partilhamos um mesmo objetivo, aprender mais sobre o pbl; por outro lado e apesar de trabalhar com esta metodologia faz alguns anos, sempre por minha conta, sempre por tentativa e erro, sempre por descoberta e pensar o que faço, há ainda muitas coisas onde posso melhorar como devo aprender; assim espero; ainda não cumpri as tarefas, mas estão prontas (ou quase) para envio, uma questão de retroversão para o qual o google tradutor nem sempre é

coisas simples

que de tão simples se tornam complicadas; a orientação do project based learning: TELL ME AND I FORGET, TEACH ME AND I REMEMBER, INVOLVE ME AND I LEARN Benjamin Franklin

escola pública

continua-se a escrever e a comentar e a falar da escola pública e da escola privada; há dias ouvi um comentário que dava conta que há escolas privadas que têm uma prática pública e há escolas públicas que têm uma prática privada; isto é e no entendimento expresso, escola pública tem como marca e caraterísticas distintiva a prestação de contas, a clareza e transparência de processos e procedimentos, isto é, o envolvimento de todos quantos lhe estão ligados ou afetos; isto implica o funcionamento regular dos órgãos, o envolvimento e a participação dos seus membros no processo de decisão, a co responsabilização política e funcional pelos atos coletivos; é para isso mesmo que existe um/a diretor/a (executivoo), um pedagógico (orientação/administração) e um conselho geral (administração e prestação de contas); agora digam-me lá, se não há por aí umas quantas escolas públicas que são privadas?

final

e, direi mais, finalmente; entre os discursos que elevam os alunos e as turmas, há também os evidentes sinais do cansaço, do desgaste de um ano de trabalho que fazem com que, aqui chegados, possamos agradecer ter chegados vivos, termos sobrevivido; é difícil dar a entender a quem não é docente, o quanto é exigente e desgastante o trabalho docente, de sala de aula, de relações e afetos ao longo de meses, dias atrás de dias; umas vezes cansados, outras disponíveis, umas vezes a gerir interesses e motivações (ou a sua falta), a tentar aliciar e envolver quem se recusa e a orientar quem mostra interesse, tudo ao mesmo tempo, no mesmo contexto; este ano termina, devagarinho; gostei de conhecer esta gente, gostei de perceber outras lógicas de funcionamento, organização e relação (escolar, pedagógica, educativa); gostei de me envolver, se bem que muito levemente, com alunos de curso vocacional, perceber a sua falta de sentidos, os seus despropósitos escolares e sociais; gostei de

a ciência

como solução, fé, crença ou apenas esperança; numa rápida passagem de olhos pela visão desta semana é possível identificar o papel que a ciência tem no contexto social geral e, em particular, na educação, na escola; é tempo de exames? a ciência ajuda ; há problemas em como educar uma criança? a ciência dá orientações ; a ciência torna-se pretexto e texto para o que quer que seja, emagrecer, estudar, educar, decidir entre isto e aquilo, agir assim ou assado; mas a porra toda é que continuamos os mesmos, como sempre fomos, mais ciência menos ciência; por cá então, por este meu alentejo, uma autêntica massa de algo que nem sei ... serão as contradições da ciência? ou apenas efeitos do que somos?

fazer

a propósito da minha entrada abaixo, de desadequação, muitas das vezes não é perceber que a coisa - a escola - está desadequada aos tempos e aos modos; muitos de nós reconhecemos que precisamos de mudar, que os conteúdos estão desadequados, que algumas práticas estão desfasadas, que há dinâmicas ultrapassadas, que existem metodologias que levantam mais interrogações que afirmações; mas as coisas permanecem, persistem, continuam... para mudar precisamos de saber e querer raramente estão ou andam juntas estas duas condições, e então permanecemos, continuamos, sabendo que temos de mudar...

desadequação

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ora cá está o que digo e o que escrevo e o que defendo há muita tempo;  mas agora dito, escrito e visionado por quem sabe da coisa e tem peso no nome, apesar de também ser manel, mas o apelido é castells em jeito de resumo: De acordo com o sociólogo, a escola sempre interpretou dois papéis: transmitir os valores dominantes da sociedade e informar os alunos. Porém, argumenta, a insistência em uma pedagogia baseada na transmissão de informação não pode mais existir, porque 80% da informação mundial está contida na Internet. O papel informacional deve ser reajustado ao dar poder intelectual. Não é a informação que deve ser ensinada, mas como buscá-la e combiná-la nos projetos pessoais de cada aluno.  © obvious:   http://obviousmag.org/sphere/2014/04/o-fim-da-educacao-contemporanea.html#ixzz4ALSp3bVS  

o tempo

em particular desde o ano passado que sentia que o tempo que andava a dar para o desenvolvimento de trabalhos era algo excessivo; tenho organizado as tarefas em face de um planificação de conteúdos - uma metodologia direi algo tradicional, como muitos farão; contudo, a dinâmica de trabalho dos alunos levava-me a verificar que o pessoal deixava para o final a concretização do trabalho; tanto que me levou ainda o ano letivo passado e já este, a criar outras estratégias que permitissem envolver o aluno de oura forma - tarefas à sessão, produtos complementares, ações específicas e pontuais; no final deste ano e a trabalhar com turmas em início de ciclo, vá de experimentar alternativas; conteúdos complicados, o tempo do castelo local - afinal qual o papel, as funções e o interesse do castelo; implica partir do presente e ir atrás, pesquisar e, o mais importante, criar relações que não estão disponíveis no dr google, nem na wikipédia, nem de forma simplista por aí, à flor de teclas
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já há algum tempo que desisti de falar na sala de professores sobre questões de trabalho diferenciado, de metodologias de projeto ou apenas de outras formas de ensinar e de aprender; há já algum tempo que desenvolvo, pesquiso, procuro, questiono sobre outras formas de encarar a escola, a educação, o ensino, a dinâmica de sala de aula; há já bastante tempo que procuro desenvolver, implementar e experimentar outras formas de trabalhar com o aluno, os conteúdos, de concretizar objetivos, metas ou o que seja; mas, de quando em vez, despisto-me e alongo-me em conversas; ontem foi o caso e vi a cara com que me olhavam, como se fosse um alien, um extraterrestre, como se visse e ouvisse o balão de conversação preenchido com a surpresa do que faço, como se fosse possível; e é possível; agora ando entusiasmado com o trabalho de projeto; sempre foi a minha paixão e o centro do meu trabalho; ultimamente reconfiguro processos, adequo estratégias e aprendo um pouco mais;