desacerto entre exames e aulas

não faço mais declarações de interesses, considero que os exames são um mal necessário e pronto; 

mas, há medidas que decorre o período de exames, mais certo e crente (apesar de não pessoa de fé) vou ficando e reforçando ideias que há muito habitam a minha cabecita; 

primeira, há um claro desfasamento entre quem avalia, isto é, quem elabora os exames, e quem leciona, quem transmite o programa e cumpre sejam elas competências, objetivos ou metas; são dois pressupostos (se não mesmo lógicas) substancialmente diferentes; nesta onda se os professores não se acautelarem (os profes que lecionam) então o fosso ir-se-á alargar significativamente, considero, pelo menos pela minha experiência, que não se trabalha, em sala de aula, o que se avalia; em sala de aula genericamente "dão-se" conteúdos, quem avalia promove a resolução de problemas, a mobilização de um raciocínio e não de conteúdos; e isto, para este meu interior alentejano, é (ou pode ser ) crítico; 

segunda nota, mediante o desfasamento entre prática letiva e lógicas ou processos de avaliação, assentua-se a diferença entre o litoral e o urbano, a cidade e o campo, a estabilidade e coerência familiar e as famílias aos soluços; isto é, e por aquilo que me é dado a ver nos exames de português e de matemática de 9º ano e nos exames de secundário, sejam eles de 11º ou 12º, apela-se ao raciocínio, a métodos de trabalho, a níveis de leitura que, na generalidade das situações, não se trabalham em sala de aula a não ser com aqueles alunos que já carregam em si,por via social ou familiar, essas competências, aos outros, àqueles que habitualmente os profes dizem que têm de se desenrascar, como se o trabalho pedagógico e/ou escolar fosse pelo desenrasca, esses estão condenados; e, no alentejo, condenamos muitos, basta olhar as estatísticas, por via do anuário de estatística, por exemplo, 

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