das listas de (não) colocação e as aulas

ontem, sexta dia 19 de junho, sairam as listas de não colocação de profes; 

quem passa por aqui, por este meu cantinho, serão profes, penso eu pois claro, mas deixo apontamentos para todos os outros, para aqueles que não são profes e que provavelmente terão algumas dificuldades em entender o que é a vida de profe; 

em face de alguma insensibilidade social e profissional que tem caraterizado este início de século, direi que é quase "natural" não percebermos os problemas dos outros, estarmos excessivamente centrados em problemas mais pessoais e deixar de lado, para quê mais, os problemas e a vida dos outros; 

mas esta coisa das colocações condiciona a vida de muitos, não apenas dos profes mas dos próprios alunos e respetivas famílias que terão profes afastados de casa centenas de kilómetros; 

na minha própria família nunca consegui explicar de modo a que os meus entendessem os concursos, há muito que tento explicar, há muito que perdi qualquer veleidade de me fazer entender numa coisa que eu mesmo não entendo - o regime de colocações docentes; 

em termos letivos trabalhei apenas um ano perto de casa, todos os demais foram passado a, pelo menos, 50 km de casa, desde 1998 que estou efetivo em vendas novas, 52km da minha casa à escola; 

quando termino as aulas ou os afazeres a única coisa que me apetece é rumar a casa, deixar tudo para trás e pimba, nacional 4; é certo que também sinto algumas vantagens deste processo, com a viagem ficam para trás as moengas e as diatribes dos dias, sejam elas de alunos e turmas, de colegas ou da gestão; 

mas tenho de reconhecer que não é a mesma coisa trabalhar a 10 minutos de casa ou a 45; 

não tinha esperança de mudar de quadro, não mudei

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