estupidificação
o Paulo dá conta de uma grelha que revela o requinte de malvadez com que se trabalha em algumas escolas - seria mau generalizar;
pretensamente as grelhas deviam servir para ser um meio de facilitação de trabalho, alguns até dizem de objetivação de processos e de avaliação; contudo tornaram-se um fim em si mesmas;
e vi, no final do ano letivo, docentes, colegas, presos a uma grelha e a uma avaliação; condicionados por aquilo que a grelha dizia e atribuía, como se valesse por si, como se fossem fim e não um meio;
considero dois problemas no contexto da utilização excessiva das grelhas (e costumo dizer que tudo o que é demais cheira mal);
o fim em que se tornaram para justificar, legitimar pretensas objetividades (não lhe chamo arbitrariedades por preceito) - já aqui o escrevi, a vida não cabe numa tabela de dupla entrada; será que a objetividade de um processo (o da avaliação) não decorre do trabalho desenvolvido ao longo do ano? dos indicadores serem se não claros, pelo menos conhecidos? de existir envolvimento e participação entre quem avalia e quem é avaliado? de cada um (saber) assumir as suas responsabilidades no processo?
segunda dimensão, o discurso com que é justificada a sua utilização, o da segurança do professor, a da salvaguarda do seu trabalho, da legitimação da avaliação; isto é, as grelhas são importantes para salvaguardar o trabalho do profe, para sua segurança profissional perante reclamações ou queixas (de pais, pois claro);
é um discurso fascista que torna própria e pessoal uma ameaça que não se vê por que é construída pelo próprio; assenta na insegurança de cada um, fazendo de cada um polícia (e carrasco) de si mesmo;
pretensamente as grelhas deviam servir para ser um meio de facilitação de trabalho, alguns até dizem de objetivação de processos e de avaliação; contudo tornaram-se um fim em si mesmas;
e vi, no final do ano letivo, docentes, colegas, presos a uma grelha e a uma avaliação; condicionados por aquilo que a grelha dizia e atribuía, como se valesse por si, como se fossem fim e não um meio;
considero dois problemas no contexto da utilização excessiva das grelhas (e costumo dizer que tudo o que é demais cheira mal);
o fim em que se tornaram para justificar, legitimar pretensas objetividades (não lhe chamo arbitrariedades por preceito) - já aqui o escrevi, a vida não cabe numa tabela de dupla entrada; será que a objetividade de um processo (o da avaliação) não decorre do trabalho desenvolvido ao longo do ano? dos indicadores serem se não claros, pelo menos conhecidos? de existir envolvimento e participação entre quem avalia e quem é avaliado? de cada um (saber) assumir as suas responsabilidades no processo?
segunda dimensão, o discurso com que é justificada a sua utilização, o da segurança do professor, a da salvaguarda do seu trabalho, da legitimação da avaliação; isto é, as grelhas são importantes para salvaguardar o trabalho do profe, para sua segurança profissional perante reclamações ou queixas (de pais, pois claro);
é um discurso fascista que torna própria e pessoal uma ameaça que não se vê por que é construída pelo próprio; assenta na insegurança de cada um, fazendo de cada um polícia (e carrasco) de si mesmo;
Comentários