um balanço
o ano termina, em termos letivos, prolonga-se apenas por exames e rotinas típicas de um final de ano letivo;
em termos de balanço, noutros lados já escrevi algo mais, gostei :)
da experiência do cqep, poderão dar origem a trabalho que designo de autobiografias do insucesso - um prazer, um gosto e um encanto ler histórias na primeira pessoa, perceber o que foram os tempos e os contextos, os modos e as modas - perceber o que não mudou num contexto e numa relação (a das pessoas com a escola);
de conhecer e desenvolver mais e melhor a minha metodologia de trabalho (de projeto); arrisquei algumas experiências, a introdução de outros dispositivos, de ganhar as turmas depois das hesitações e desconfianças iniciais - e tenho pena de não ter resultados para mais, alguns bem mereciam;
de me sentir confrontado com os alunos do vocacional; de perceber que o que faço terá, algures, um qualquer sentido, por vezes rebuscado, outras nem tanto;
a partir dos cursos de vocacional, que me sinto ainda mais confiante por perceber que a escola (as práticas docentes, os modos de organização, as respostas escolares, as relações com alunos e famílias e contextos, instrumentos e critérios de avaliação, estratégias de trabalho) tem de mudar, obrigatoriamente tem de mudar;
finalmente, gostei de reencontrar pessoas, de sentir amizades e cumplicidades, mesmo com gente para mim algo surpreendente - mas são mais estes os que me enaltecem a amizade;
não gostei :(
de sentir que aquele contexto tem particularidades tão significativas quanto complexas - e que não são consideradas em termos de organização do trabalho e da escola;
que pouco mudou desde que lá estive há dez anos atrás;
que há pessoas que por muito o mundo pule e avance estão estagnadas, em lodo lamacento de mesquinhez e alguma malvadez;
de sentir que eu próprio mudei tornando-me (nem justifico) algo que não me agrada profissionalmente, mas que percebo profissionalmente (não é engano é a mesma referência duas vezes);
de perder quatro alunos, um por abandono, os restantes por desinteresse, desleixo manifesto, quanto incapacidade minha e dos pais em identificarmos respostas que os conseguíssemos captar e mobilizar (e o quanto os docentes estavam disponíveis);
em termos de balanço, noutros lados já escrevi algo mais, gostei :)
da experiência do cqep, poderão dar origem a trabalho que designo de autobiografias do insucesso - um prazer, um gosto e um encanto ler histórias na primeira pessoa, perceber o que foram os tempos e os contextos, os modos e as modas - perceber o que não mudou num contexto e numa relação (a das pessoas com a escola);
de conhecer e desenvolver mais e melhor a minha metodologia de trabalho (de projeto); arrisquei algumas experiências, a introdução de outros dispositivos, de ganhar as turmas depois das hesitações e desconfianças iniciais - e tenho pena de não ter resultados para mais, alguns bem mereciam;
de me sentir confrontado com os alunos do vocacional; de perceber que o que faço terá, algures, um qualquer sentido, por vezes rebuscado, outras nem tanto;
a partir dos cursos de vocacional, que me sinto ainda mais confiante por perceber que a escola (as práticas docentes, os modos de organização, as respostas escolares, as relações com alunos e famílias e contextos, instrumentos e critérios de avaliação, estratégias de trabalho) tem de mudar, obrigatoriamente tem de mudar;
finalmente, gostei de reencontrar pessoas, de sentir amizades e cumplicidades, mesmo com gente para mim algo surpreendente - mas são mais estes os que me enaltecem a amizade;
não gostei :(
de sentir que aquele contexto tem particularidades tão significativas quanto complexas - e que não são consideradas em termos de organização do trabalho e da escola;
que pouco mudou desde que lá estive há dez anos atrás;
que há pessoas que por muito o mundo pule e avance estão estagnadas, em lodo lamacento de mesquinhez e alguma malvadez;
de sentir que eu próprio mudei tornando-me (nem justifico) algo que não me agrada profissionalmente, mas que percebo profissionalmente (não é engano é a mesma referência duas vezes);
de perder quatro alunos, um por abandono, os restantes por desinteresse, desleixo manifesto, quanto incapacidade minha e dos pais em identificarmos respostas que os conseguíssemos captar e mobilizar (e o quanto os docentes estavam disponíveis);
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