na passada sexta feira, ao se concluir a ação de formação na minha escola alguém levantou a questão sobre a circunstância de termos uma escola do século XIX professores do século XX alunos do século XXI o que fazer para (re)equilibrar a coisa? estarei quase certo que ninguém quer regressar nem ao século XIX nem ao século XX; a opção será mesmo de afirmar o século XXI , digo eu, pois claro; mas muitos quererão o rigor da disciplina, a organização funcional do século XIX; outros irão apelar ao retorno dos gloriosos 30 (o período do pós guerra marcado por um claro desenvolvimento europeu) de modo que o emprego seja uma consequência do estudar; outros irão oscilar, hesitar entre modernices e tradição; estabilidade e inovação; ficar ou partir; a coisa que se coloca passa como mudar? como (re)equilibrar estas diferentes lógicas? ninguém muda porque dizem para mudar; ninguém muda por decreto; ninguém muda sozinho; ninguém muda sem se saber para o que se muda...
na passada sexta feira, terminou a formação que tive o privilégio de organizar, a pedido e por indicação da minha diretora; por circunstâncias que não vêm ao caso tive de ir buscar e levar um dos conferencistas do último dia, o Prof. António Teodoro, um dos fundadores do movimento sindical docente; um privilégio enorme não apenas ter conhecido pessoalmente quem conheço desde que comecei nas coisas da escola e da educação mas, essencialmente, um privilégio em ter privado e trocado ideias durante duas viagens; das conversas retiro duas notas a importância, a determinância de trocarmos conversa olhos nos olhos, sem elementos de mediação, sejam eles virtuais ou o raio; o essencial baseia.se numa conversa tu cá tu lá, onde trocamos ideias, argumentos, estórias e afetos; a conversa torna-se essencial, determinante para percebermos o que somos; tal como o povo tuga costuma dizer, as conversas são como as cerejas, vêm uma atrás da outra e só olhos nos olhos, num frente a frente iss...
não sei por quanto tempo, nem em que condições, mas considero que talvez até tenha alguma coisa a acrescentar à cacofonia pedagógica que impera por aí; serei mais um, é certo e certamente que quase insignificante, mas por aqui andarei para dar conta das minhas ideias sobre as aulas e sobre a escola - as minhas, o meu ponto de vista
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