para paris, com amor
os atentados de sexta à noite em paris levantam, em termos de sala de aula, duas incontornáveis questões; cada uma delas mais delicada que a outra:
como abordar a questão em sala de aula, em contextos educativos e de formação de jovens?
como explicar o papel da escola e da ação educativa nestes processos?
Como é fim de semana atrevo-me a levantar uma e outra questão, a não dar uma resposta, por que também considero que não têm resposta, mas a deixar no ar que a sala de aula não pode, não deve ser nem assética à questão, nem indiferente às circunstâncias;
estou certo que por muitas salas de aula a coisa irá decorrer como se nada tivesse acontecido, não se falará do tema por que não é dos conteúdos, não faz parte do programa e por que o tempo é escasso para se abordar tudo o que devíamos e gostaríamos.
Mas também por que a indiferença permite criar a ilusão que tudo continua como dantes, que a distância (física e emocional) aligeira os estados de espírito por que, afinal, a vida, para muitos, continua.
mas não posso deixar de pensar sobre qual o papel que deve competir à escola e aos professores para que se possam abordar estes temas; são os novos tabus do século XXI, antes o sexo, progressivamente deixaram de ser as drogas ou a gravidez na adolescência, mas recriam-se novos temas delicados, constroem-se novos espaços de silêncio e omissão;
mas a sala de aula, como ponto contraditório que é, por que é local de confluências mas também de partidas, torna-se peça chave nas questões da tolerância, da religiosidade, da compreensão do coletivo, de afirmação da liberdade, da igualdade e da fraternidade. E de outra forma não pode nem deve ser.
como abordar a questão em sala de aula, em contextos educativos e de formação de jovens?
como explicar o papel da escola e da ação educativa nestes processos?
Como é fim de semana atrevo-me a levantar uma e outra questão, a não dar uma resposta, por que também considero que não têm resposta, mas a deixar no ar que a sala de aula não pode, não deve ser nem assética à questão, nem indiferente às circunstâncias;
estou certo que por muitas salas de aula a coisa irá decorrer como se nada tivesse acontecido, não se falará do tema por que não é dos conteúdos, não faz parte do programa e por que o tempo é escasso para se abordar tudo o que devíamos e gostaríamos.
Mas também por que a indiferença permite criar a ilusão que tudo continua como dantes, que a distância (física e emocional) aligeira os estados de espírito por que, afinal, a vida, para muitos, continua.
mas não posso deixar de pensar sobre qual o papel que deve competir à escola e aos professores para que se possam abordar estes temas; são os novos tabus do século XXI, antes o sexo, progressivamente deixaram de ser as drogas ou a gravidez na adolescência, mas recriam-se novos temas delicados, constroem-se novos espaços de silêncio e omissão;
mas a sala de aula, como ponto contraditório que é, por que é local de confluências mas também de partidas, torna-se peça chave nas questões da tolerância, da religiosidade, da compreensão do coletivo, de afirmação da liberdade, da igualdade e da fraternidade. E de outra forma não pode nem deve ser.
Comentários
http://agridoceedoce.blogspot.pt/2015/11/je-suis-paris-ainda-paris.html
P.S. Acabei de descobrir o seu blogue e adoro!!!!
Obrigada,
PAULA FERRINHO